APOSTILA DE SEGURANÇA DIGITAL

Estou lançando uma apostila com 36 páginas por apenas R$9,90.
Para comprar ou conhecer o conteúdo da apostila, clique AQUI.

26 de nov. de 2009

"Eram os Deuses Astronautas?" - Parte 12

CAPÍTULO X
 
 
A experiência espacial terrestre
 
 
Tem sentido a cosmonáutica? A quem aproveitam os bilhões investidos?
Guerra ou cosmonáutica?
O que há com os muitos caluniados discos voadores?
Já há 60 anos houve uma explosão nuclear
Será a lua de Marte um satélite artificial?
 
 
AINDA NÃO SE CALOU a discussão sobre se a cosmonáutica faz ou não sentido. Quer-se provar
muita ou total destituição de sentido na pesquisa do espaço sideral, com a constatação banal de que
não se deve investir pelo Cosmo afora enquanto na Terra ainda houver tantos problemas sem
solução.
Esforçando-nos por evitar argumentação científica incompreensível ao leigo, indicaremos aqui
apenas algumas das razões mais óbvias e válidas a favor da necessidade absoluta da pesquisa
cósmica.
Desde tempos imemoriais a curiosidade e a sede do saber sempre constituíram forças capazes de
estimular o homem a viver em permanente pesquisa. As duas perguntas: POR QUE ocorre algo e
COMO ocorre? em todos os tempos foram propulsoras da evolução e do progresso. Á inquietação
permanente por elas criadas devemos nosso padrão de vida atual. Os confortáveis meios modernos
de transporte livraram nos das dificuldades e dos sacrifícios de viagens a que nossos avós ainda
estavam sujeitos; o peso do trabalho físico foi sensivelmente aliviado por máquinas. Novas fontes de
energia, preparados químicos, refrigeradores, múltiplas máquinas domésticas, etc., etc., acabaram
por libertar nos completamente de atividades outrora só realizáveis pelas mãos humanas. O que a
ciência criou não resultou em maldição, muito pelo contrário, em bênção para a humanidade. Até
sua filha mais aterradora, a bomba atômica, reverterá em benefício da humanidade.
Hoje, a ciência atinge muitos dos seus alvos com botas de sete léguas. Para o desenvolvimento da
fotografia até que se obtivessem imagens absolutamente nítidas, foram precisos 112 anos. O
telefone já em 56 anos estava inteiramente aperfeiçoado e automatizado. No desenvolvimento do
rádio, até a recepção perfeita das emissões nem 85 anos de pesquisa científica foram necessários.
Para o aperfeiçoamento do radar, porém, bastaram 15 anos! As etapas das invenções e seus
aperfeiçoamentos tornam se cada vez mais breves: a televisão em preto e branco, após 12 anos de
pesquisa, foi apresentável e a construção da primeira bomba atômica demandou 6 anos completos!
Estes são uns poucos exemplos de progresso técnico no último meio século - progresso magnífico, mas também um tanto assustador. O desenvolvimento atingirá novos alvos de maneira cada vez
mais rápida. Os próximos 100 anos realizarão uma parte de leão dos sonhos eternos da
humanidade.
Contra advertências e resistências, o espírito humano trilhou sua senda. Contra velhíssimas
afirmações dogmáticas - como: a água é o espaço vital do peixe, o ar o elemento dos pássaros - o
homem conquistou os espaços que, aparentemente, não lhe eram destinados. O homem voa - contra
todas as chamadas leis da natureza, e, em submarinos atômicos, ele vive meses a fio debaixo d'água.
Com sua inteligência criou para si asas e guelras, que o Criador não lhe dera.
Quando Charles Lindbergh decolou para seu vôo lendário, seu alvo foi Paris; não que lhe
importasse chegar a Paris; ele queria provar que o homem, sozinho e sem sofrer dano, podia
atravessar Atlântico em vôo. O primeiro alvo da cosmonáutica é a Lua. O que essa nova idéia
técnico científica, porém, quer provar é que homem pode dominar também o espaço cósmico!

Por que, pois, astronáutica?

Dentro de poucos centenários apenas, o nosso globo estará superpopuloso, irremediavelmente e sem
esperança. já para o ano 2050, as estatísticas contam com um número demográfico de 8,7 bilhões!
Mais 200 anos, e já serão 50 bilhões; conseqüentemente, pois, 335 seres humanos deverão viver
sobre um quilômetro quadrado. Inimaginável! Certas teorias, semelhantes a pílulas sedativas, que
falam em alimentação extraída do mar ou até em habitações no fundo do oceano, mais cedo do que
gostariam os mais audaciosos otimistas provarão ser ilusória a mobilização de meios inoperantes
contra os efeitos da explosão demográfica. Na ilha indonésia Lombok, morreram de fome, nos
primeiros seis meses de 1966, mais de dez mil pessoas que, em seu desespero, haviam tentado
sobreviver alimentando se de moluscos e vegetais. U-Thant, Secretário Geral da ONU, estima o
número de crianças ameaçadas pela fome na India em 20 milhões, estimativa que apóia a afirmação
do Prof. Mohler, em Zurique, de que a fome começa a exercer domínio universal.
Está comprovado que a produção dos meios de alimentação no mundo não acompanha o passo do
crescimento da população, apesar dos mais modernos recursos técnicos e a despeito de importantes
fertilizantes químicos. A época atual deve à Química os preparados para controle da natalidade.
Mas, para que servem, se as mulheres não os usam nos países subdesenvolvidos? Pois somente se se
lograsse baixar nos próximos dez anos, isto é, até 1980, o surto de natalidade até à metade, a
produção de meios alimentícios poderia ocorrer paralelamente ao aumento da população.
Infelizmente, não podemos acreditar nesse caminho racional, porque é difícil demolir a muralha
dos preconceitos, dos motivos supostamente éticos e das leis religiosas, enquanto aumenta a
desgraça da superpopulação. Será mais humano, ou prescrito por Deus, que ano por ano morram
de fome milhões de seres humanos, do que impedir essas pobres criaturas de nascer?
Mas, ainda que o controle da natalidade em algum dia remoto, sob compulsão do destino, se torne
vencedor, ainda que os campos de cultura sejam ampliados, e sejam multiplicados os rendimentos
mediante assistência hoje ainda ignorada; ainda que a pesca se multiplique e campos de algas no
fundo do mar aumentem a alimentação, mesmo que tudo isso e mais ainda se concretize, tudo é um
retardamento apenas, um adiantamento de talvez 100 anos. O homem precisa de novo espaço vital.
Estamos convencidos de que os homens em algum dia remoto colonizarão Marte e vencerão suas
condições climáticas da mesma maneira que o fariam os esquimós se fossem transportados para o
Egito. Planetas, alcançados por gigantescas naves cósmicas, serão povoados pelos nossos netos;
colonizarão novos mundos como em passado bem recente ocorreu na América e Austrália. Por isso
devemos nos dedicar à pesquisa do espaço cósmico! Devemos legar aos nossos netos uma
oportunidade de sobrevivência! Cada geração que não cumprir essa tarefa, apressará a entrega da
humanidade inteira à morte pela fome. Não mais se trata de pesquisa abstrata, que só interessa ao cientista. E a quem não se sentir tomado
pela obrigação para com a posteridade, seja dito que os resultados da pesquisa cósmica já nos
resguardaram da terceira guerra mundial! Não foi a ameaça do aniquilamento total que retirou às
grandes potências a possibilidade de decidirem opiniões, exigências e conflitos, mediante uma nova
guerra? Não mais é preciso que um russo pise solo americano para transformar o país em deserto, e
nenhum americano precisa mais perecer na Rússia, uma vez que após o impacto de muitas bombas
atômicas a Terra, de qualquer maneira, se tornaria inabitável e estéril devido à radioatividade.
Pode parecer absurdo, mas só o foguete intercontinental assegurou nos uma paz relativa.
De vez em quando até se exterioriza a opinião de que os bilhões investidos na pesquisa cósmica
teriam melhor destinação se fossem aplicados na assistência ao desenvolvimento. Essa opinião é
errada; pois as nações industriais prestam assistência ao desenvolvimento, não só por motivos
caritativos ou políticos; oferecem na, compreensivelmente, também para abrir mercados às suas
indústrias. O auxílio que os Estados subdesenvolvidos exigem, é - visto a longo prazo - irrelevante.
No ano de 1966, viviam na Índia, estimativamente, um bilhão e seiscentos milhões de ratos, cada um
dos quais devora cerca de cinco quilogramas de mantimentos por ano. O Estado, porém, não pode
ousar destruir essa peste: o hindu devoto protege os ratos. Na mesma Índia circulam 80 milhões de
vacas, que não devem ser ordenhadas nem ser atreladas como animais de tração, e muito menos
abatidas para servir de alimento: são animais sagrados. Em país cujo desenvolvimento é inibido
por tantos tabus e tantas leis religiosas, várias gerações ainda terão de abolir costumes, ritos e
superstições prejudiciais à vida, antes que se inicie verdadeiro progresso. Também aqui, os meios
de comunicação da idade da cosmonáutica servem à informação e ao desenvolvimento: jornais,
rádio, televisão. O mundo encolheu. Já se sabe e mais se fica sabendo, uns dos outros. Mas, para
chegar à definitiva compreensão de que fronteiras nacionais são relíquias de uma época superada,
carecemos da cosmonáutica. A técnica por ela incrementada difundirá a compressão de que a
pequenez de povos e continentes na imensidão do Universo só pode ser estímulo e impulso para o
trabalho em comum na pesquisa do espaço cósmico. Em todas as épocas, a humanidade sempre
precisou de um lema inspirador que, ultrapassando os problemas do cotidiano, fizesse com que o
aparente mente inatingível fosse alcançado.
Um fator realmente considerável que, na era da tecnologia, fornece um argumento de peso à
pesquisa do espaço cósmico, é a formação de novos ramos no campo da indústria, onde centenas de
milhares de criaturas humanas que, pela racionalização do trabalho, perderam seus empregos,
encontram seu meio de subsistência. A "indústria do espaço cósmico", nos Estados Unidos, já
superou a importância decisiva da indústria automobilística e da do aço, como árbitros de mercado.
Mais de 4.000 artigos novos devem sua existência à pesquisa cósmica; são, virtualmente, produtos
residuais da pesquisa para um escopo superior. Esses subprodutos, sem que o consumidor se
preocupe com a respectiva origem, ingressaram como que naturalmente na vida cotidiana.
Computadores eletrônicos, mini transmissores e mini receptores, transistores para aparelhos de
rádio e televisores foram inventados na periferia da linha de pesquisas, do mesmo modo que as
frigideiras em que os alimentos não mais queimam ou grudam ainda que não se use gordura.
Instrumentos de precisão em todos os aviões, instalações de controle terrestre integralmente
automatizadas, e pilotos automáticos, assim como, principalmente, os computadores rapidamente
desenvolvidos, são partes da pesquisa espacial combatida por tanta gente, partes de um programa
de desenvolvimento que exerce influência até na vida particular de cada indivíduo. Coisas de cuja
existência o leigo nem suspeita são inúmeras: novos processos de solda e lubrificação em alto vácuo,
células fotelétricas e novas fontes minúsculas de energia, que atuam a distâncias incomensuráveis.
Da torrente de dinheiro proveniente de impostos, que alimenta a pesquisa do espaço cósmico,
refluem, em caudais, para o bolso do contribuinte, as rendas dos grandes investimentos. Nações
que, de forma alguma, participarem da pesquisa do espaço cósmico serão esmagadas pela avassalante revolução técnica. Nomes e conceitos tais como Telstar, Echo, Relax, Trios, Mariner,
Ranger, Syncom, são marcos na estrada da pesquisa que não pode ser contida.
Como as reservas de energia da Terra não são inesgotáveis, o programa de navegação cósmica
algum dia também assumirá importância vital porque teremos de buscar material nuclear de
Marte ou de Vênus ou de outro planeta, para poder iluminar nossas cidades e aquecer nossas casas.
Como as usinas atômicas já hoje fornecem a mais barata de todas as energias, a produção
industrial em massa dependerá especialmente dessas usinas, quando a Terra não mais fornecer
material nuclear. Novos resultados de pesquisa chovem diariamente sobre nós. A tranqüila
transmissão do saber adquirido, de pai para filho, está irremediavelmente superada. Para
consertar qualquer transmissor de rádio que funcione mediante simples aperto de botão, um
especialista deve conhecer a técnica dos transistores e os complicados esquemas que, ás vezes se
encontram impressos em lâminas de plástico. Não demorará muito e ele terá de ocupar se também
com os novos e minúsculos componentes da micro eletrônica. O que hoje se ensina ao aprendiz,
deverá ser continuamente atualizado ao longo de sua carreira profissional. E, se ao tempo dos
nossos avós, o mestre possuía saber suficiente para a vida inteira, o mestre do presente ou do futuro
constantemente é e será obrigado a acrescentar novos conhecimentos aos antigos. O que valia
ontem, amanhã estará superado.
Se bem que só daqui a milhões de anos nosso Sol se apagará e morrerá um dia, há necessidade de
invocar o momento terrível em que um estadista perca o controle dos nervos e ponha em
funcionamento um aparelhamento atômico aniquilador, capaz de causar tremenda catástrofe. Um
fenômeno cósmico qualquer, não definível e não previsível, pode induzir a destruição da Terra.
Nunca, porém, o homem conformou se com a idéia de tal possibilidade e, talvez por isso,
devotamente procurou em uma das muitas religiões a esperança de uma continuação da vida do
espírito e da alma.
Em conseqüência, admitimos como certo que a pesquisa do espaço cósmico não seja produto de sua
livre decisão, mas que ele obedeça a uma forte compulsão íntima, ao investigar as perspectivas de
seu futuro no Universo. Como nós proclamamos a hipótese de que nas trevas da Antigüidade
havíamos recebido visita do Cosmo, também admitimos que não representamos a única inteligência
no Universo, antes suspeitamos que existem no Cosmo inteligências mais antigas, mais evoluídas. Se
agora ainda afirmamos que todas as inteligências devem dedicar se, por sua espontânea vontade, à
pesquisa cósmica, transportamo-nos, por um momento, de fato, ao reino da utopia, sabendo que
estamos mexendo em ninho de marimbondos!
Há bem vinte anos, os chamados "discos voadores" têm dado que falar. Na literatura especializada
são designados como UFOs, denominação que se originou da expressão americana "unidentified
flyng objects" (objetos voadores não identificados). Antes, porém, de entrar no excitante assunto
dos misteriosos UFOs, devo mencionar um argumento importante que se usa quando está em
debate a justificação das incursões espaciais.
Diz se que a pesquisa no campo da astronáutica não é financeiramente rendosa; que nenhum pais,
por mais rico que seja, pode mobilizar os imensos recursos necessários, sem perigo de bancarrota
nacional. A pesquisa em si, aliás, nunca deu rendimento; somente o produto da pesquisa é que
compensa os investimentos. Da pesquisa sobre astronáutica não é razoável esperar, já na fase atual,
rendimento e amortização. Não existe balanço sobre os rendimentos resultantes dos 4.000
"subprodutos" de pesquisa do espaço cósmico. Para nós, está fora de dúvida que ela dará
rendimento como raras vezes deu algum produto de pesquisa. Quando ela tiver alcançado seu
escopo, não só teremos rentabilidade; no sentido literal das palavras, ela trará para a humanidade
a salvação do aniquilamento. Seja me lícito mencionar que toda uma série de satélites COMSAT já
é economicamente interessante.

Em novembro de 1967, reportou a "STERN" (revista alemão):

"A maioria das máquinas médicas que salvam vidas provém da América. São o resultado de um
aproveitamento sistemático dos êxitos da pesquisa do átomo, da cosmonáutica e da técnica militar.
Constituem o produto de um novo tipo de colaboração entre gigantes industriais e hospitais na
América, que está levando a Medicina, quase que diariamente, a novos triunfos.
Assim, a Lockheed, produtora dos aviões Starfighter, e a famosa Clínica Mayo se associaram para
desenvolver um novo sistema de enfermagem, com base na técnica dos computadores. Os
projetistas da Companhia Nortb American Aviation, orientados por idéias médicas, estão tentando
desenvolver um "cinto de enfisema", que deverá facilitar a respiração a pacientes com
perturbações pulmonares. As autoridades espaciais da NASA sugeriram a idéia de se construir um
instrumento para diagnóstico. O aparelho, originalmente idealizado para medir a incidência de
microaerôlitos sobre naves cósmicas, registra até os mais discretos espasmos musculares em
determinadas moléstias nervosas.
Outro produto residual, salvador de vidas, proporcionado pela técnica americana de
computadores, foi o regulador do ritmo cardíaco. Mais de 2.000 alemães já hoje vivem com tal
instrumento dentro do tórax. É um microgerador, instalado sob a pele. Partindo dele, os médicos
introduzem um fio metálico de ligação através da veia cava até a aurícula direita. Mediante
choques elétricos regulares, o coração é estimulado a manter uma pulsação rítmica. Ele bate.
Quando o acumulador do regulador de batimentos cardíacos estiver esgotado, uns três anos após,
pode ser trocado através de uma operação relativamente simples. No ano passado, a General
Electric aperfeiçoou essa pequena maravilha da técnica médica desenvolvendo um modelo de duas
marchas. Se o portador daquele regulador deseja jogar tênis ou alcançar um trem, correndo, só é
preciso que passe brevemente uma varetinha magnética sobre o local em que se encontra embutido
o seu gerador. Imediatamente, o coração passa a trabalhar em ritmo acelerado."

Até aí, a reportagem da STERN. São dois exemplos de resultados laterais da pesquisa do espaço
cósmico. Quem tem coragem de dizer ainda que ela é inútil?

Sob o titulo "Estímulo pelo Foguete Lunar", o "ZEIT", em sua edição n.º 47, de novembro de 1967,
relata:

"As construções das naves cósmicas desenvolvidas para pousos suaves na Lua, também estão
despertando o interesse simultâneo de construtores de automóveis, pois os conhecimentos sobre o
comportamento de tais construções, sob condições que induzem sua destruição, podem ser
consideravelmente ampliados. Se bem que não seja possível tornar os automóveis absolutamente
seguros para os passageiros, em todas as modalidades de colisões e choques, as técnicas de
construção, usadas com o melhor dos sucessos na cosmonáutica, podem contribuir para reduzir os
riscos em tais desastres. Elevada rigidez aliada a peso reduzido é garantida por meio da construção
em colmeia, cada vez mais aplicada nos aviões modernos. Entrementes, também se testa o sistema,
praticamente, na construção de automóveis. O piso de um veículo experimental da Rover, movido
por turbina a gás, foi fabricado com essa técnica de colmeia".

A enunciados como "Nunca será possível viajar de estrela a estrela", aquele que conhece a fase
atual e o desenvolvimento impetuoso da pesquisa, nem mais liga importância. A geração jovem da
nossa época ainda verá essas "impossibilidades" tornarem se realidade! Construir-se-ão naves
espaciais com motores de propulsão inimaginavelmente poderosos. Em 1967, os russos já lograram
efetuar o acoplamento, na estratosfera, de dois veículos cósmicos não tripulados. Uma parte da
pesquisa já trabalha em uma espécie de viseira de proteção - semelhante a um arco elétrico -
articulada á frente da cápsula propriamente dita, e que se destina a impedir ou desviar a incidência
de partículas. Um grupo de físicos eminentes deseja provar a existência dos assim chamados
"taquions". Trata se, por enquanto, de partículas ainda hipotéticas que voariam com velocidade
superior à da luz e cujo limite inferior de velocidade seria o da luz. Sabe se que os taquions devem
existir; falta "apenas" trazer a lume a prova física de sua existência. Entretanto, tais provas já foram fornecidas para a existência do neutrino e da antimatéria. Finalmente, aos mais teimosos
críticos no grupo dos adversários da cosmonáutica dever se ia perguntar: acreditam os senhores,
realmente, que alguns milhares de homens, talvez os mais inteligentes da nossa época, dedicariam
seu trabalho apaixonado a uma pura utopia ou um alvo irrelevante?
Ocupemo-nos, pois, corajosamente, dos UFOs, ainda que correndo o risco de não ser levados a
sério. Se não formos levados a sério, ficaremos incluídos - e esse é um bom consolo no círculo de
gente altamente respeitável e famosa.
UFOs foram avistados na América, bem como sobre as Filipinas, sobre a Alemanha Ocidental,
assim como sobre o México. Concedamos que 98 por cento das pessoas que pensavam ter visto
UFOs tenham, na realidade, percebido raios de trajetória de projetis, balões meteorológicos,
singulares formações de nuvens, novos tipos ignorados de aviões ou também curiosos jogos de luzes
e sombras no céu crepuscular. Indubitavelmente, também grande multidão de pessoas foi assaltada
por uma histeria das massas: afirmavam ter visto o que não existia. E, naturalmente, também havia
aqueles presunçosos, com vontade de extorquir dinheiro de uma suposta observação, e que, na
época das vacas magras, desejavam fornecer manchetes á imprensa. Deduzindo se todos os
sonhadores, mentirosos, histéricos e sensacionalistas, resta, ainda assim, um grupo considerável de
observadores sóbrios e até tecnicamente familiarizados com o assunto. Pode uma simples dona de
casa enganar se, bem como um fazendeiro rude do sertão. Se, porém, por exemplo, uma observação
de UFOs é relatada por um experimentado comandante aviador, é difícil recusá-la como asneira.
Pois um comandante-aviador é familiarizado com miragens, com descargas esféricas do raio, com
balões meteorológicos, etc.; é examinado, a intervalos regulares, quanto à capacidade de reação de
todos seus sentidos, portanto também da condição excelente de seus olhos; não pode tomar álcool
algumas horas antes e durante o vôo; um veterano comandante de aviões não tem interesse em
contar lorotas, porque assim seria fácil demais perder seu emprego, que é bom e bem pago. Se, no
entanto, não só um comandante, mas todo um grupo de pilotos de aviões (entre os quais militares),
relatar o mesmo fato, então, parece que é preciso escutar.Nós também não sabemos o que são
UFOs; não afirmamos que se trate comprovadamente de objetos voadores de inteligências
alienígenas, se bem que pouca coisa se pudesse objetar a essa suspeita. Infelizmente, o autor, em
suas extensas viagens ao redor do globo, nunca pôde observar um UFO pessoalmente. Podemos,
entretanto, reproduzir aqui alguns relatos dignos de crédito e de confiança:
A 5 de fevereiro de 1965, o Ministério Norte Americano da Defesa tornou público estar a divisão
especializada em UFOs encarregada de examinar relatórios de dois operadores de radar. Os dois
homens haviam detectado, a 29 de janeiro de 1965, sobre sua tela de radar no Campo de Aviação
da Marinha, em Maryland, dois objetos voadores desconhecidos, que se aproximavam do campo,
vindos do sul, com a velocidade enorme de 7.680 quilômetros horários. 50 quilômetros acima do
campo de aviação, os objetos descreveram uma curva fechada e desapareceram rapidamente do
alcance do radar.
A 3 de maio de 1964, várias pessoas, entre as quais três meteorologistas, em Canberra (Austrália),
observaram um grande objeto voador intensamente radiante, que passava em trajetória nordeste
sobre o céu matutino. Interpeladas por delegados da NASA, as testemunhas oculares contavam
como "a coisa" havia singularmente vacilado e como um objeto menor se havia atirado ao encontro
do grande. O objeto pequeno ter se ia tornado vermelho incandescente e depois apagado, ao passo
que a coisa grande teria prosseguido diretamente em direção nordeste até desaparecer de vista. Um
dos meteorologistas confessou, resignadamente: "Sempre ridicularizei essas informações sobre
discos voadores. O que deverei dizer agora, depois de ter eu mesmo visto tal coisa?"
A 23 de novembro de 1953 detectou se na tela de radar da Base Aérea de Kinross, em Michigan, um
objeto voador desconhecido. O Tenente-aviador R. Wilson, que se encontrava em vôo de exercício
em um avião a jato F-86, recebeu permissão para perseguir a coisa". A equipe do radar observou
como Wilson caçou o objeto desconhecido por 160 milhas. De repente, na tela de radar, os dois corpos voadores fundiram se num só. Chamadas de rádio ao Tenente Wilson ficaram sem resposta.
O espaço, que se tornou palco do fenômeno inexplicável, foi "penteado" nos dias seguintes por
tropas de reconhecimento, a fim de se descobrirem destroços; o Lago Superior, situado nas
proximidades, examinado quanto a vestígios de óleo. Nada foi encontrado. Nenhum vestígio do
Tenente Wilson e de seu aparelho!
A 13 de setembro de 1965, o sargento da polícia, Eugene Bertrand, encontrou numa estrada
perimetral da cidade de Exeter (New Hampshire, E.U.A.), pouco antes de uma hora da madrugada,
uma senhora sentada ao volante de seu carro, que se mostrava grandemente perturbada. Recusou
se a continuar a viagem e afirmou que um enorme e brilhante corpo voador de cor vermelha a teria
perseguido por mais de dez milhas, até o desvio 101, tendo, então, desaparecido.
O policial, homem maduro e sensato, julgou que a senhora não estivesse regulando muito, quando
ouviu pelo rádio de seu carro a mesma comunicação de outra patrulha. Do quartel-general, seu
colega Gene Toland lhe ordenou que voltasse imediatamente à Central. Lá, um moço contou-lhe a
mesma estória que a senhora lhe havia relatado, acrescentando que se refugiara numa sarjeta, ante
uma coisa de incandescência vermelha.
Só a contragosto os homens empreenderam uma excursão de reconhecimento, firmemente
convencidos de que toda aquela bobagem acharia uma explicação razoável. Após duas horas de
busca infrutífera pelos arredores, puseram-se a caminho de volta. Passaram num pasto, onde havia
seis cavalos que, de repente, debandaram em disparada louca. Quase que simultaneamente, a
paisagem foi banhada de luz verme]ha incandescente. "Lá! Olhe lá!" exclamou um jovem policial.
Sobre as árvores, de fato, flutuava um brilhante objeto vermelho, que se movia lenta e silenciosa
mente ao encontro dos observadores. Através do telefone, Bertrand comunicou, excitado, ao seu
colega Toland que justamente nesse momento ele estava vendo com seus próprios olhos aquela coisa
danada. Agora, também o sítio à beira da estrada e as colinas adjacentes estavam banhados de luz
vermelha intensamente radiante. Um segundo carro policial, com o Sargento Dave Hunt, brecou
guinchando ao lado dos homens.
"Com os diabos!" gaguejou Dave. "Ouvi você e Toland gritando pelo rádio. Pensei que tivessem
enlouquecido... Mas olhe para aquilo!..."
Durante a investigação da ocorrência misteriosa, a que se procedeu mais tarde, compareceram 58
testemunhas oculares qualificadas. Entre elas havia meteorologistas e membros da guarda costeira,
homens, portanto, que, como frios observadores, não podem ser tidos como incapazes de distinguir
um balão meteoro lógico de um helicóptero, ou um satélite cadente das luzes de posição de um
avião. O relatório conteve indicações objetivas, sem dar uma explicação para o objeto voador
desconhecido.
A 5 de maio de 1967, o Prefeito Municipal de Marliens, Costa do Ouro, Monsieur Malliotte,
descobriu, em um campo de trevo situado à distância de 623 metros da rua, um buraco esquisito:
achou vestígios de um círculo de 5 metros de diâmetro e 30 centímetros de profundidade; partindo
desse círculo, sulcos de 10 centímetros de profundidade dirigiam-se para todos os sentidos; dava a
impressão de que uma pesada grade de metal se tivesse imprimido no solo. À extremidade dos
sulcos encontraram se orifícios de 35 centímetros de profundidade, talvez impressos no solo por
"pés" na extremidade da rede metálica. De singularidade especial era a ima poeira lilás
esbranquiçada, depositada nos sulcos e buracos.
Nós mesmos examinamos esse local perto de Marliens: fantasmas não podem ter deixado esses
vestígios!
O que se deve pensar desses relatos? É entristecedor o que muitas pessoas - e, às vezes, até
sociedades secretas inteiras - fazem de suas pretensas observações. Obscurecem apenas a visão da realidade. E inibem cientistas sérios de se ocuparem com fenômenos comprovados, por temerem
expor se ao perigo do ridículo.
Em uma irradiação da Segunda Televisão Alemã, a 6 de novembro de 1967, sobre o tema "Invasão
originada do Cosmo?", um capitão aviador da Lufthansa relatou um fenômeno do qual ele mesmo
e quatro homens da tripulação foram testemunhas oculares: a 15 de fevereiro de 1967, cerca de 10 a
15 minutos antes da aterrissagem em São Francisco, viram, a pouca distância de seu avião, um
objeto voador de cerca de 10 metros de diâmetro, intensamente luminoso, que, durante certo
tempo, voou ao lado deles. Transmitiram suas observações à Universidade de Cobrado que, à falta
de explicação melhor, presumiu que o objeto voador era uma parte de foguete anteriormente
lançado. O capitão aviador declarou que, após 2 milhões de quilômetros de experiências de vôo,
nem ele nem seus colegas poderiam acreditar que um pedaço de metal cadente pudesse manter se
no ar durante um quarto de hora, ter tais dimensões e acompanhá-los no seu vôo. Acreditava tanto
menos nessa explicação, uma vez que, desde a terra, esse corpo voador não identificado pôde ser
observado por quase três quartos de hora. O capitão voador alemão, realmente, não dá a impressão
de ser fantasista!

Dois comunicados do "Süddeutsche Zeitung", Munique, de 21 e 23 de novembro de 1965:

"Belgrado (De nosso correspondente).
Objetos voadores desconhecidos (UFOs) têm sido avistados, há alguns dias, sobre diversas regiões
do Sudeste europeu. No fim da semana, um astrônomo amador em Agram fotografou três desses
objetos celestes luminosos. Enquanto, porém, os peritos ainda davam seus pareceres sobre aquela
fotografia, reproduzida através das colunas de vários jornais iugoslavos, novos UFOs foram vistos
na região montanhosa do Montenegro, os quais, em vários pontos, teriam provocado incêndios
florestais. Esses relatos provêm, principalmente, da localidade Ivangrad, cujos habitantes afirmam,
convicta e insistentemente, que observaram, nos últimos dias, em todas as tardes, corpos celestes
singulares e intensamente ilumina dos. As autoridades, embora confirmem que na região
ocorreram diversos incêndios florestais, não foram capazes, até agora, de indicar uma causa para
isso."
"Sófia (UPI).
Sobre a Capital de Sófia surgiu um UFO. Conforme comunica a Agência Noticiosa búlgara BTA, o
UFO pôde ser avistado mesmo a olho nu. Segundo a BTA, o corpo voador era maior do que o disco
solar, assumindo mais tarde a forma de um trapézio. Consta haver ele irradiado luz forte. Esse
corpo voador também foi observado através de um telescópio em Sófia. Um colaborador científico
do Instituto Búlgaro para Hidrologia e Meteorologia disse que o corpo voador provavelmente se
movia por energia própria. Suspeita se haver voado a 30 quilômetros sobre a Terra."
Há gente que dificulta as pesquisas com uma estupidez sem limites: ora são "contactos", que
afirmam estar em ligação com seres extraterrenos; ora são grupos que desenvolvem, com base nos
fenômenos até agora não esclarecidos, fantásticas idéias religiosas ou concepções de vida absurdas,
ou então afirmam, até, que receberam das tripulações dos UFOs ordens relacionadas com a
salvação da humanidade. Nos fanáticos religiosos, o "anjo-UFO" egípcio naturalmente é enviado de
Maomé; o asiático, de Buda; e o cristão, diretamente de Jesus.
No 7º Congresso Mundial Internacional dos Pesquisadores de UFOs, realizado durante o outono de
1967, o Prof. Hermann Oberth, a quem chamam de "Pai da Cosmonáutica" e que foi professor de
Wernher von Braun, considerou os UFOs ainda como "problema extracientífico"; provavelmente,
porém, assim disse Oberth, os UFOs são "Naves espaciais de mundos estranhos" e acentuou
textualmente: "Ao que parece, os seres que os dirigem estão muito à frente da nossa cultura e, se
formos inteligentes, deles muito poderemos aprender". Oberth, que prognosticou com acerto o desenvolvimento dos foguetes na Terra, suspeita da existência, nos planetas periféricos do sistema
solar, de condições para o surgimento da vida. Oberth, homem de pesquisa, exige que também
cientistas sérios se preocupem com problemas inicialmente de aparência fantástica: "Os cientistas
comportam se como gansos gordos, que não querem digerir mais nada. Idéias novas são
simplesmente recusadas por eles, como sem sentido!"
Sob o título "Suspeita tardia", DIE ZEIT relata, a 17.11.1967: "Anos a fio, os soviéticos tiveram um
sorriso irônico quanto à histeria ocidental sobre discos voadores. No PRAVDA, há não muito tempo
ainda, apareciam desmentidos oficiais de que existissem tais veículos celestes singulares. Agora, o
General de Aviação de Guerra, Anatolij Stoljakow, foi nomeado Diretor de uma Comissão
incumbida de examinar todos os relatórios sobre UFOs. O "Times" de Londres escreve sobre isso:
"Ora, sejam os UFOs produtos de alucinações coletivas, sejam oriundos de visitantes de Vênus, ou
devam ser entendidos como revelação divina - tem de haver uma explicação para eles, senão os
russos nunca teriam organizado um comitê de investigação".
O acontecimento mais espetacular e enigmático quanto ao fenômeno "matéria procedente do
Cosmo", ocorreu às 7 horas e 17 minutos na manhã de 30 de junho de 1908, na Taiga siberiana:
uma bola de fogo cruzou o céu e perdeu se na estepe. Viajantes em trânsito pela Estrada de Ferro
Transiberiana observaram um corpo brilhante que passou de sul a norte. Um trovão abalou o trem,
seguiram se explosões, e a maior parte das estações sismo gráficas do mundo registraram um nítido
abalo. Em Irkutsk - à distância de 900 quilômetros do centro do tremor - o pêndulo do sismógrafo
oscilou durante cerca de uma hora. Num circulo de 1.000 quilômetros foram ouvidos estrondos.
Rebanhos inteiros de renas foram aniquilados; homens, nômades, foram atirados para o ar, junto
com suas tendas. Somente em 1921 o Prof. Kulik começou a colecionar relatórios de testemunhas
oculares; finalmente também conseguiu reunir meios financeiros para uma expedição científica a
essas regiões parcamente colonizadas da Taiga.
Quando, então, no ano de 1927, foi atingida a pedregosa Tunguska, os investigadores estavam
convencidos de que iriam encontrar uma cratera formada pela queda de enorme aerólito. Sua
suspeita provou ser errônea. Já a 60 quilômetros de distância do centro da explosão viram as
primeiras árvores sem copa, e quanto mais se aproximavam do ponto critico, tanto mais erma se
tornou a região. Ali estavam árvores completamente podadas, que até pareciam postes telegráficos;
na área mais próxima do centro, as árvores de maior porte ainda estavam vergadas para fora.
Finalmente encontraram vestígios de um incêndio imenso. Avançando mais para o norte, a
expedição se convenceu de que ali deveria ter ocorrido uma poderosa explosão. Quando, numa
região pantanosa, se encontraram buracos de todos os tamanhos, suspeitou se de queda de
aerólitos; cavaram e perfuraram, nos terrenos pantanosos, sem encontrar qualquer vestígio,
qualquer pedaço de ferro, resto de níquel, nem mesmo fragmentos de rocha. Dois anos mais tarde,
a busca continuou, desta vez com instrumentos maiores de perfuração e outros recursos técnicos.
Perfurou se até a profundidade de 36 metros: nenhum rasto de qualquer material de meteorito foi
encontrado.
Mandaram buscar instrumentos sensíveis, que acusam a menor quantidade de metal no solo. Tudo
ficou sem resultado. Apesar disso, alguma coisa devia ter explodido nesse ponto, pois milhares o
haviam. visto, milhares o haviam ouvido.
Em 1961 e 1963, de ordem da Academia Soviética das Ciências, mais duas expedições foram
enviadas à Tunguska. A expedição de 1963 esteve sob a direção do geofisico Solotow. Este grupo de
cientistas, equipado com os mais modernos instrumentos técnicos, chegou à conclusão de que na
Tunguska siberiana deveria ter acontecido uma explosão nuclear.
A espécie de uma explosão é passível de ser determinada quando forem conhecidas diversas ordens
de grandeza física relacionadas com sua produção. Uma dessas grandezas na explosão da Tunguska
foi estabelecida através da quantidade de energia radiante emitida. Na Taiga, distante 18 quilômetros do núcleo da explosão, foram encontradas árvores que, no momento da explosão,
estavam expostas à radiação e que por isso se incendiaram. Uma árvore vicejante, porém, pode
pegar fogo tão somente quando a incidência de energia por centímetro quadrado perfizer cerca de
70 a 100 calorias. O relâmpago explosivo, entretanto, atingiu tal poder que, ainda à distância de 200
quilômetros do epicentro, projetou sombras secundárias!
De tais medições resultou que a energia radiante da explosão deve ter sido aproximadamente de 2,8
x1023
 erg. (Explicando: o erg, nas ciências naturais, vale como a chamada "medida de trabalho".
Um besouro que pesa 1 grama efetua o trabalho de 1 erg quando sobe num, parede à altura de 1
centímetro.)
Num raio de 18 quilômetros encontraram se, nas copas das árvores, ramos grossos e finos
chamuscados. Dali pode se deduzir que se tratava de um calor repentino: conseqüência de uma
explosão, não de um incêndio de floresta! Tais carbonizações foram encontradas apenas onde não
havia obstáculos que impedissem o caminho da radiação. Portanto, clara e inquestionavelmente
deve ter se tratado de radiação. Para causar todos esses efeitos, a energia irradiada deve ter
atingido 1023
 ergs. Essa energia imensa corresponde à força destruidora de uma bomba atômica de
10 megatons ou

100.000.000.000.000.000.000.000 de ergs! 

Todos os resultados das pesquisas confirmam uma explosão nuclear e relegam interpretações como
a queda de um cometa ou a de um grande meteorito, como causa do fenômeno, ao reino da fábula.
Quais as explicações que se oferecem para essa explosão nuclear no ano de 1908?
Em março de 1964, num artigo inserto no renomado jornal Svesda, de Leningrado, foi defendida a
tese de que seres inteligentes de um planeta da constelação do Cisne teriam tentado entrar em
contacto com a Terra. Os autores, Genrich Altow e Valentina Schuralewa, afirmaram que o
impacto na Taiga siberiana teria sido uma espécie de resposta à violenta erupção, semelhante a
uma explosão, do vulcão Cracatoa, no Oceano Índico, vulcão esse que, por ocasião de sua erupção
em 1853, teria arremessado um feixe considerável de ondas de rádio ao espaço cósmico. Por um
engano, os longínquos seres estelares teriam interpretado as ondas de rádio como um sinal
procedente do espaço cósmico; por isso teriam dirigido á Terra um raio Laser demasiado forte e
este, incidindo sobre a atmosfera terrestre a grande altura, sobre a Sibéria, ter se ia transformado
em matéria. Admitimos que essa interpretação é inaceitável, porque nos parece por demais
fantástica!
Tampouco podemos aceitar a teoria que tenta explicar o fenômeno pelo choque de antimatéria.
Embora admitamos a existência de antimatéria nas profundidades do Cosmo, se ela tivesse sido a
causa da explosão nada mais deveria existir na Tunguska, uma vez que o choque de matéria e
antimatéria tem como conseqüência a dissolução recíproca.
Além disso, a chance de um pedaço de antimatéria atingir a Terra, após longo trajeto sem colisões
com matéria, é muito reduzida.
Preferimos acompanhar a opinião daqueles que suspeitam naquele fenômeno a explosão da pilha de
energia atômica de uma nave espacial extraterrestre. Fantástico? Sim, certamente. Mas só por isso
tem de ser impossível?
Sobre o aerólito da Tunguska há uma literatura capaz de encher estantes. Há um fato mais a
ressaltar: a radioatividade ao redor do centro da explosão, em Taiga, é o dobro - ainda hoje! - do
que em qualquer outra parte. Investigações minuciosas nas árvores e seus anéis anuais confirmam
um notável aumento de radioatividade desde 1908. Enquanto não se apresentar uma única prova científica exata, indubitável - e muita coisa mais -
com relação a esse caso, ninguém tem o direito de repelir, sem motivação, uma interpretação que se
enquadra no âmbito do concebível.
Sobre os planetas do nosso sistema solar temos um conhecimento razoável; a "vida", em sentido
terrestre, viria ao caso em proporção muito restrita, e, em última hipótese, somente quanto a
Marte. O homem definiu os limites teóricos para a possibilidade de vida, de acordo com seu ponto
de vista; esse limite é denominado ecosfera. Em nosso sistema solar, somente Vênus, a Terra e
Marte ficam dentro dos limites da ecosfera. Entretanto, cumpre levar em consideração que tais
limites da ecosfera emanam das nossas idéias sobre a vida, e que tipos desconhecidos de vida podem
existir em condições diferentes das nossas. Até 1962, Vênus era tida como espaço de vida possível,
isto é, até que o Mariner II chegasse a 34.000 quilômetros daquele planeta. Segundo as informações
transmitidas, nem Vênus entra mais em consideração como portadora de vida no sentido humano.
Dos relatórios do Mariner II se depreende que a temperatura superficial de Vênus, tanto ao lado do
Sol como da sombra, alcança em média 430 graus centígrados. Tal temperatura não admite a
ocorrência de água à superfície; somente lagos de metal fundido poderiam existir. A idéia, que se
tornara tão familiar, de Vênus como graciosa irmã gêmea da Terra, já foi superada, se bem que o
hidrocarboneto existente possa servir de meio de cultura para bactérias de toda espécie.
Não faz muito tempo, alguns cientistas afirmaram ser inimaginável a vida em Marte. Há menos
tempo, a versão era que quase não era imaginável. Depois da bem sucedida missão informativa do
Mariner IV, porém, é preciso admitir se, embora hesitantemente, certa escala de possibilidades
vitais em Marte. Ainda que não possamos aderir à teoria de vida inteligente em Marte, queremos
assim mesmo considerar possíveis certas formas de vida inferior no planeta vermelho. Também
situa se no âmbito do possível que nosso vizinho Marte, há incontados milhares de anos, tenha
possuído uma civilização própria. Atenção especial merece, em qualquer caso, a lua marciana
Fobos.
Marte tem duas luas: Fobos e Deimos (grego: medo e terror). Muito antes de o astrônomo
americano Asaph Hall haver descoberto essas luas no ano de 1877, já eram conhecidas. João
Kepler, já em 1610, suspeitava que Marte fosse acompanhado por dois satélites. Embora o monge
capuchinho Schyrl afirmasse, poucos anos depois, haver visto as luas de Marte, deve ele ter sido
vítima de uma ilusão, pois, através dos instrumentos ópticos da sua época, as minúsculas luas de
Marte de modo algum seriam perceptíveis. Fascinante, aliás, é a narração que Jonathan Swift dá
em 1727, em seu livro "Viagem a Liliput" (é uma das viagens de Gulliver!): ele descreve, não só as
duas luas de Marte, mas até indica suas dimensões e órbitas. Citemos um trecho do 3º Capitulo:
"Os astrônomos liliputianos despendem muito tempo de sua vida em observar os corpos celestes e
usam para isso lentes, que são muito superiores às nossas. Embora seus telescópios não atinjam um
metro de comprimento, produzem maior aumento que os nossos de quase cem metros e mostram as
estrelas com muito maior brilho. Esta vantagem permitiu-lhes superar os astrônomos da Europa,
pois já conseguiram elaborar um catálogo de 10.000 estrelas fixas, quando os nossos não contém
mais que um terço desse número. Eles descobriram, entre outras, duas estrelas menores, ou
satélites, que giram ao redor de Marte. O mais próximo dista do centro do planeta exatamente três
diâmetros deste último; o mais distante, cinco. O primeiro completa seu ciclo num período de 10, o
último, num período de 21,5 horas, pelo que os quadrados dos períodos de rotação se aproximam
fortemente da terceira potência de sua distância do centro de Marte. Isso mostra que estão sujeitos
à mesma lei de gravitação que também rege os outros corpos celestes".
Como pôde Swift descrever os satélites de Marte, uma vez que só 150 anos mais tarde foram eles
descobertos? Sem dúvida, os satélites marcianos já antes de Swift haviam sido suspeitados por
alguns astrônomos, mas suspeitas nunca são o suficiente para indicações de tamanha precisão. Não
sabemos de onde auferiu Swift seus conhecimentos. Realmente, esses satélites são as menores e mais singulares luas do nosso sistema solar: sua rotação
se realiza em órbitas quase circulares sobre o equador! Se eles acaso estiverem a refletir a mesma
quantidade de luz que a nossa lua, então Fobos deve ter um diâmetro de 16 quilômetros e Deimos
um de 8 quilômetros apenas. Se, no entanto, forem satélites artificiais, polidos, então, de fato,
devem ser ainda menores. São as únicas luas do nosso sistema solar, conhecidas até o presente, cuja
revolução se completa a velocidade maior do que a de rotação do próprio planeta. Com relação à
rotação de Marte, Fobos completa, em um dia marciano, dois ciclos, ao passo que Deimos se move
pouco mais velozmente do que Marte em torno de seu próprio eixo.
Em 1862, quando a Terra se encontrava em posição muito favorável em relação a Marte, procurou
se em vão pelas luas marcianas, mas só 15 anos mais tarde foram elas descobertas! Surgiu a teoria
dos planetóides, suspeitando vários astrônomos que as luas marcianas fossem fragmentos do espaço
cósmico, que Marte houvesse aprisionado. Entretanto, a teoria dos planetóides não é sustentável:
pois ambas as luas de Marte giram quase que no mesmo nível sobre o equador. A um fragmento do
espaço cósmico isso poderia ocorrer por acaso. Mas não a dois. Finalmente, fatos mensuráveis
foram trazidos à luz, daí originando se a moderna teoria de satélites verdadeiros.
O renomado astrónomo americano Carl Sagan e o cientista russo Shklovsky corroboram em seu
livro "Intelligent Life in the Universe", publicado em 1966, a teoria de que a lua Fobos é um satélite
artificial. Como resultado de uma série de medições, Sagan chegou á conclusão de que Fobos deve
ser oco, e uma lua oca não pode ser natural.
De fato, as características da órbita de Fobos não apresentam relação alguma com sua massa
aparente, enquanto correspondem ás órbitas típicas de corpos ocos. O russo Shklovsky, Diretor da
Divisão da Radioastronomia do Instituto Sternberg de Moscou, lança a mesma afirmação, após
haver observado que, no movimento da lua marciana Fobos, uma singular aceleração antinatural é
constatável. Essa aceleração seria idêntica à que se verifica também em nossos satélites artificiais.
Hoje em dia, as teorias fantásticas de Sagan e Shklovsky são levadas muito a sério. Os americanos
estão planejando mais sondas marcianas, que também deverão examinar as luas marcianas. Os
russos planejam estudar os movimentos das luas marcianas nos próximos anos, operando de
diferentes observatórios.
Caso esteja certa a opinião defendida por eminentes cientistas a leste e oeste, de que Marte possuiu
em certa época uma civilização evoluída, então surge a pergunta: Por que ela não existe hoje?
Teriam as inteligências marcianas necessidade de procurar novo espaço vital? Obrigou os seu
planeta pátrio, que cada vez perdia mais e mais oxigênio, a procurarem outras regiões habitáveis
no Cosmo? Ou terá uma catástrofe cósmica causado o naufrágio daquela civiluação? E finalmente .
Pôde uma parte dos habitantes marcianos salvar se, emigrando para um planeta vizinho?
No livro "Worlds in Collision" (Mundos em Colisão, no Brasil), publicado em 1950 e ainda hoje
muito discutido nos círculos especializados, o Dr. Emanuel Velikovsky afirma que um cometa
gigante teria se chocado com Marte e que dessa colisão se teria formado Vênus. Isso poderia ser
com provado se Vênus tivesse alta temperatura superficial, nuvens de hidrocarbonetos e uma
rotação anormal. A avaliação dos dados fornecidos pelo Mariner II, confirma as teorias de
Velikovsky: Vênus é o único planeta que gira "para trás", o único planeta, por tanto, que não se
atém, como Mercúrio, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano ou Netuno, às regras do jogo do nosso
sistema solar..
Se, porém, uma catástrofe de origem cósmica pode ser levada em consideração como causadora do
aniquilamento de uma civilização sobre o planeta Marte, então tais indícios também reforçam
nossa teoria de que a Terra, em obscuros tempos arcaicos, possa ter recebido visitas do espaço.
Fica, portanto, de pé a possibilidade especulativa de que grupos de gigantes marcianos quiçá se salvaram na Terra, onde fundaram, em conjunto com os seres semi inteligentes vivendo aqui então,
a nova cultura do Homo sopiens. Como a gravitação de Marte é menor do que a da Terra, é de se
supor que a constituição física do homem de Marte fosse mais robusta e de porte maior do que a
dos habitantes da Terra. Se nessa teoria houver um balo de realidade, então teríamos os gigantes
que vieram das estrelas, que eram capazes de mover blocos colossais de pedra, que ensinaram aos
homens artes ainda ignoradas e que, finalmente, se extinguiram...
Nunca soubemos tão pouco de tanta coisa, como hoje. Estamos certos de que o tema "Homem e
Inteligências Extraterrenas" se conservará em pauta para pesquisas até que todos os enigmas
decifráveis tiverem sido solucionados.

0 comentários:

Postar um comentário

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina