Terceira parte - Primeiro capitulo deste grandioso livro. :)
CAPÍTULO I
Há outros seres inteligentes no Cosmo?
Há inteligência extraterrenas?
É possive1 vida sem oxigênio?
Há vida em ambientes que seriam letais para o homem?
SERÁ ADMISSíVEL que nós, habitantes deste mundo do século XX, não somos os únicos entes
vivos, de espécie semelhantes, em todo o Universo? "A Terra é o único corpo celeste que abriga
seres semelhantes a nós" - eis a resposta que parece correta e convincente, uma vez que nos museus
ainda não há qualquer homúnculo extra terreno, exposto a nossa visitação. Entretanto, uma
floresta de pontos de interrogação se agiganta cada vez mais, à medida que estudamos, com maior
profundidade, os resultados das mais recentes pesquisas.
De acordo com os astrônomos, umas 4.000 estrelas podem ser percebidas à vista desarmada, numa
noite serena. Já a luneta de modesto observatório astronômico traz quase dois milhões delas ao
alcance da visão, enquanto moderno telescópio de espelho refletor aproxima a luz de bilhões de sóis
- miríades de pontos de luz na Via Láctea. Mas, nas dimensões ilimitadas do Cosmo, esse nosso
conjunto de estrelas é parte insignificante de um sistema estelar incomparavelmente maior um
conglomerado de vias-lácteas, poder se ia dizer contendo cerca de vinte galáxias dentro de um raio
de 1,5 milhão de anos luz (um ano luz é igual à distância que a luz percorre em um ano, isto é,
300.000 x 60 x 60 x 24 x 365 quilômetros, ou sejam, nove e meio trilhões de quilômetros,
aproximadamente).
Embora vastíssimo, esse número de estrelas é ainda muito pequeno, em comparação com o que
contém muitos milhares de galáxias espiraladas que o telescópio eletrônico revelou. Isto é apenas o
que se descobriu até agora, devo ressaltar, porque as pesquisas nesse campo mal começaram.
O astrônomo Harlow Shapley calcula que há cerca de 1020
estrelas ao alcance de nossos atuais
telescópios (numeral 1 seguido de 20 zeros isto é, 100 quintilhões de estrelas). Quando Shapley
atribui sistema planetário a apenas uma, em cada grupo de mil estrelas, temos de admitir que
estabelece proporção muito cautelosa. Se continuarmos a especular com base nessas estimativas,
imaginando a existência de condições indispensáveis à vida numa só estrela em cada mil que
centralizarem sistemas planetários, ainda encontraremos uma cifra fantástica 1014
. Pergunta
Shapley: Quantos corpos celestes, nesse número astronômico, possuirão atmosfera apropriada à
vida? Um em mil? Isso ainda nos garantiria o número incrível de 1011
astros portadores dos
requisitos necessários à vida. Embora se conjeture que a vida se produziu num só desses astros em
cada milhar, ainda assim restam cem milhões de planetas em que podemos admitir a existência de seres vivos. Esses cálculos se baseiam na aparelhagem e técnicas hoje disponíveis, mas não devemos
esquecer que tais meios de pesquisa estão sendo constantemente aperfeiçoados.
De acordo com hipótese do bioquímico Dr. S. Muler, os processos biológicos e as condições que lhes
são indispensáveis possivelmente se desenvolveram mais rapidamente em alguns daqueles planetas
do que na Terra. Se aceitarmos essa audaciosa idéia, civilizações mais avançadas que a nossa
podem ter evoluído em 100.000 planetas.
O Professor Dr. Willy Ley, conhecido vulgarizador de conhecimentos científicos e amigo de
Wernher von Braun, disse me em Nova York:
"O número aproximado de estrelas, somente em nossa Via Láctea, sobe a trinta bilhões. A
suposição de que nossa galáxia contém, pelo menos, dezoito bilhões de sistemas planetários, é
admitida pelos astrônomos da atualidade. Se tentarmos reduzir essas cifras, tanto quanto possível, e
imaginarmos que as distâncias no interior de sistemas planetários são reguladas de tal modo que
somente num caso entre cem existe planeta em órbita na "ecosfera" de seu próprio sol, tudo isso
ainda deixará 180 milhões de planetas capazes de manter a vida. Se, em prosseguimento,
supusermos que, entre Os planetas assim capacitados, somente num deles, em cada centena, o
potencial vitalizante haja sido aproveitado, ainda teremos 1.800.000 planetas com seres vivos.
Admitamos, para concluir, que num só planeta, entre cem com seres vivos, existam criaturas com
grau de inteligência semelhante ao do Homo sapiens. Pois esta última conjetura ainda garante para
nossa Via Láctea o enorme número de 18.000 planetas com vida inteligente semelhante à nossa."
Considerando se que as mais recentes computações evidenciam a existência de 100 bilhões de
estrelas fixas em nossa Via Láctea, a lei da probabilidade nos aponta cifras muito mais altas que as
usadas pelo Professor Ley em seu cauteloso cálculo.
Deixando de lado números fantásticos e galáxias mal conhecidas, podemos concluir que há 18.000
planetas relativamente próximos de nós que oferecem condições necessárias à vida, similares às que
existem na Terra. Entretanto, poderíamos ir à frente em nossas especulações e imaginar que apenas
um por cento daqueles planetas seja efetivamente habitado. Ainda haveria 180 deles! Já não há
dúvida sobre a existência de planetas muito assemelhados à Terra, quer quanto à gravidade e
composição atmosférica, quer quanto à flora e, possivelmente, até a fauna. Mas, será essencial que
os planetas devam ter condições semelhantes às da Terra para que neles exista vida?
A idéia de que a vida só pode florescer sob as condições terrestres foi invalidada pela pesquisa. É
erro acreditar que a vida não pode existir sem água e sem oxigênio. Até mesmo na própria Terra há
formas viventes que não precisam de oxigênio: são as bactérias anaeróbias. Pequena porção de
oxigênio já é mortal para elas. Então, por que não haveria mais altas formas de vida num ambiente
sem oxigênio?
Pressionados pelos conhecimentos novos que surgem a cada dia, teremos de atualizar a imagem
mental que formamos do mundo. A investigação científica, até recentemente concentrada apenas na
Terra, promoveu nosso próprio mundo à categoria de planeta ideal. Não é demasiadamente quente,
nem exageradamente frio; contém água em abundância; dispõe de ilimitada quantidade de
oxigênio; Os processos orgânicos rejuvenescem a natureza constantemente.
Mas, em realidade, é absolutamente insustentável a suposição de que a vida só possa existir e
desenvolver se em planeta similar ao nosso. Calcula se que vivem na Terra 2.000.000 de espécies
diferentes de seres vivos. Desse conjunto - e aqui se trata, novamente, de estimativa - são
"conhecidas" cientificamente 1.200.000 espécies. E entre essas formas de vida, que a ciência
conhece, há milhares que deveriam ser incapazes de viver, de acordo com os ensinamentos que
atualmente ainda prevalecem! As premissas de que partimos para estabelecer condições mínimas
de vida têm de ser revistas e novamente testadas. Por exemplo: poder-se-ia pensar que a água altamente radioativa é sempre isenta de germes. Mas,
na realidade, há certas espécies de bactérias que se adaptam à água letal que circula pelos reatores
nucleares. Uma experiência realizada pelo Dr. Siegel chega ás raias da fantasmagoria. Reproduziu
ele, em seu laboratório, as condições atmosféricas de Júpiter e cultivou bactérias, como também
minúsculos acarinos, na mencionada atmosfera, que não possui um só dos requisitos que até agora
enumeramos como indispensáveis à vida. Amônia, metano e hidrogênio não exterminaram aqueles
seres vivos. As experiências de Hinton e Blum, entomologistas da Universidade de Bristol, também
alcançaram resultados surpreendentes. Os dois cientistas desidrataram uma espécie de pequeninos
mosquitos à temperatura de 100° C. Logo após, imergiram seus diminutos "cobaios" em hélio
líquido que, como se sabe, é tão frio como o espaço. Depois de os submeter a poderosa radiação,
fizeram nos retornar às suas condições normais de vida. Os ditos insetos nada perderam de suas
funções biológicas e produziram mosquitinhos perfeitamente "sadios". Estamos igualmente
informados sobre bactérias que vivem em vulcões, assim como sobre outras que se alimentam de
pedra ou produzem ferro. A floresta de pontos de interrogação continua, pois, a crescer cada vez
mais.
Há experiências em andamento nos laboratórios de muitos centros de pesquisa. Continuam a
acumular se novas provas de que a vida de maneira alguma se condiciona aos requisitos
anteriormente fixados. Julgou se, durante séculos, que o Universo inteiro estivesse sujeito às
mesmas leis e condições que prevalecem na Terra. Tal convicção destorceu e turvou nossa forma de
ver as coisas; colocou antolhos nos investigadores científicos que, sem hesitação, adotaram nossos
moldes e sistemas de pensamento para contemplar o espaço exterior. Teilhard de Chardin, o
pensador que marcou sua época, sugeriu que somente o fantástico tem a possibilidade de ser real no
Cosmo!
Se nossa maneira de pensar fosse aplicada em direção inversa - isto é, considerando as coisas da
Terra como vistas de muito longe no espaço - seres inteligentes, nascidos noutro planeta, julgariam
indispensáveis à vida as condições prevalecentes no planeta deles. Se vivessem a uma temperatura
de 150 a 200º C abaixo de zero, pensariam que tais temperaturas, incompatíveis com o tipo de vida
que conhecemos, são indispensáveis à vida noutros planetas. Isto corresponderia aos processos
lógicos com que temos tentado eliminar as trevas do passado. Se quisermos manter nosso respeito
próprio, deveremos ser racionais e objetivos. Em todas as épocas, as teorias audaciosas sempre
pareceram visionárias. Mas, quantas fantasias já se tornaram, há tanto tempo, realidades comuns
da rotina diária! Por certo, os exemplos dados aqui visam a evidenciar as mais remotas
possibilidades. Entretanto, quando fatos aparentementes improváveis, que nem podemos imaginar
hoje, forem demonstrados como o serão em toda a sua veracidade de coisa realmente acontecida, as
barreiras desmoronarão, permitindo livre acesso às "impossibilidades" que o Cosmo ainda
esconde. As gerações futuras encontrarão no Universo formas de vida jamais sonhadas. Não
existiremos nessa época, para testemunhá-lo, mas nossos descendentes terão de aceitar o fato de não
serem as únicas - e, certamente, nem mesmo as mais antigas - inteligências no espaço cósmico.
Calcula-se que a idade do Universo situa se entre oito e doze bilhões de anos. Os meteoritos
mostram traços de matéria Orgânica, quando observados ao microscópio. Bactérias com milhões de
anos de idade despertam novamente para a vida. Espórulos flutuantes são impelidos pela luz de um
sol qualquer para as profundezas do espaço, e chega um tempo em que são capturados pela força
gravitacional de algum planeta. Vidas novas vêm se desenvolvendo assim, num ciclo perpétuo de
criação, há muitos milhões de anos. Cuidadosos e repetidos exames de toda espécie de rochas,
recolhidas nas diferentes partes do globo, provam que a crosta terrestre formou se há cerca de
4.000 milhões de anos. Sim, e tudo quanto a ciência sabe é que algo semelhante ao homem já existia
há um milhão de anos! Desse gigantesco rio do tempo, ela só conseguiu represar um insignificante
arroio de 7.000 anos de história humana, à custa de muita canseira, muita aventura e elevada dose
de curiosidade. Mas, que são 7.000 anos de história humana, comparados com milhares de milhões
de anos da história do Universo? Nós - os modelos da criação? - levamos 400.000 anos para atingir nosso atual estágio biológico e
nosso presente nível mental. Quem pode apresentar prova concreta de que outro planeta não
poderia proporcionar condições favoráveis para mais rápido desenvolvimento de inteligências
similares ou distintas da nossa? Existe alguma razão em virtude da qual não possa haver
"competidores" noutro planeta, que sejam iguais ou superiores a nós? Temos alguma base para
eliminar essa possibilidade? Entretanto, isso é o que temos feito até hoje.
Quantas vezes têm desmoronado os pilares de nossa sabedoria! Centenas e centenas de gerações
acreditaram piamente que a Terra era plana. A firme convicção de que o Sol girava ao redor da
Terra manteve-se inabalável durante milhares de anos. Estamos ainda seguros de que a Terra é o
centro de tudo, apesar de Ter sido provado que nosso planeta é um apagado corpo celeste de
pequenas dimensões, que vagueia a 30.000 anos luz de distância do centro da Via Láctea.
Chegou o tempo de admitirmos nossa insignificância, descobrindo o infinito no Cosmo inexplorado.
Só então teremos consciência de que não passamos de minúsculas formigas no vasto complexo do
Universo. Mas, sem que pese tudo isso, nosso futuro e nossas possibilidades estão nas profundezas
do espaço, lá... onde os deuses disseram que estariam!
Somente após ter visualizado o que nos reserva o futuro disporemos de força e determinação
suficientes para investigar o passado de maneira honesta e imparcial.
Espero que estejem gostando.
Comentem se não estiverem, e se tiverem também. Rá.
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7 de nov. de 2009
"Eram os Deuses Astronautas?" - Parte 3
Postado por
João Textor
às
03:01
Marcadores:
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Civilizações antigas,
Eram os Deuses astronautas?
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