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13 de nov. de 2009

"Eram os Deuses Astronautas?" - Parte 8

CAPÍTULO VI
 
 
Imaginação e lendas antigas.. Ou antigos fatos?
 
 
Tinham todos os Cronistas a mesma imaginação maníaca?
E, mais uma vez, "carros celestiais"! - Explosões de bombas H na
Antigüidade? - Como a e descobrem planetas a em telescópios?
O curioso Calendário de Sírio - Nada de novo no Norte
Onde ficam os livros antigos? - Recordações de nós no ano de 6965
O que restaria de nós, depois de uma destruição total?
 
 
CONFORME NOSSAS notas e considerações anteriores, havia coisas na Antigüidade que, segundo
concepções usuais, não deveriam ter existido. Nosso zelo colecionador, porém, não findou em
absoluto com os achados acumulados.
Ora, também na mitologia dos esquimós se afirma que as primeiras tribos haviam sido levadas
para o norte por 'deuses" de asas de bronze! Os "peles vermelhas" mais antigos têm noticia de um
"pássaro do trovão", que lhes trouxe o fogo e os frutos. Finalmente, a lenda maia "Popol Vuh" nos
relata que os "deuses" conheciam todas as coisas: o Universo, os quatro pontos cardeais, e até a
face redonda da Terra.
Por que falam os esquimós em pássaros metálicos? Por que os índios se referem a um pássaro do
trovão? Como e de onde os antepassados dos maias poderiam ter sabido que a Terra é redonda?
Os maias eram inteligentes, possuíam cultura elevadíssima. Legaram nos não somente um fabuloso
calendário, mas deixaram nos como herança também computações incríveis. Sabiam que o ano de
Vênus tem 584 dias e avaliavam a duração do ano terrestre em 365,2420 dias (Cálculo exato hoje:
365,2422!). Os maias deixaram nos cálculos que alcançavam 64 milhões de anos. Inscrições mais
recentes ocupam se de tabelas que provavelmente atinjam 400 milhões de anos. A famosa equação
de Vênus poderia, muito plausivelmente, ter sido calculada por um cérebro eletrônico. O difícil aí,
evidentemente, é acreditar que foi formulada por um povo semi-selvagem. A fórmula de Vênus,
desenvolvida pelos maias, parte do seguinte:
O Tzolquin tem 260 dias, o ano terrestre 365 e o ano de Vênus 584. Nesses números se oculta uma
possibilidade divisória assombrosa: 365 pode ser dividido por 73 cinco vezes; 584 oito vezes.
A fórmula incrível apresenta se assim:

(Lua) 20 x 13 x 2 x 73 = 260 x 2 x 73 = 37.960
(Sol) 8 x 13 x 5 x 73 = 104 x 5 x 73 = 37.960
(Vênus) 5 x 13 x 8 x 73 = 65 x 8 x 73 = 37.960

Assim, depois de 37.960 dias, coincidem todos os ciclos. A mitologia afirma que então os "deuses" se
reuniriam na Grande Praça do Repouso.
Os povos pré-incaicos, em suas lendas religiosas dizem que as estrelas são habitadas e que os
"deuses" desciam até eles vindo da constelação das Plêiades. Textos em caracteres cuneiformes
sumerianos, assírios, babilônios e egípcios oferecem a mesma imagem: "deuses" vinham de estrelas
e para elas voltavam, andavam em naves de fogo ou barcos no céu, possuíam armas misteriosas e
prometiam a alguns poucos homens a imortalidade.
É completamente compreensível que os povos antigos procurassem seus deuses no céu e, também,
que largassem as rédeas à imaginação, para descrever maravilhosamente a glória dessas aparições
incompreensíveis. Aceito tudo isso, mas ainda fica muita coisa por explicar.
De onde, por exemplo, o cronista do Mahabharata poderia ter sabido da possibilidade de existir
uma arma capaz de punir uma região com doze anos de seca? Bastante poderosa ainda para matar
fetos no ventre materno? Este poema épico da Índia antiga, o Mahabharata. é mais volumoso que a
Bíblia e seu núcleo tem a idade de, no mínimo, 5.000 anos, mesmo numa estimativa prudente. Vale
realmente a pena ler esse poema épico, tendo presentes no espírito os conhecimentos da época em
que vivemos.
Mal podemos admirar nos ainda, quando, no Ramaiana, ficamos sabendo que as vimanas, isto é,
máquinas voadoras, por meio de mercúrio e forte vento propulsor, teriam navegado a grandes
alturas. As vimanas podiam vencer distâncias infinitas, mover se de baixo para cima, de cima para
baixo, e de trás para diante. Veículos espaciais com uma dirigibilidade de causar inveja! Nossa
citação baseia se na tradução de N. Dutt (Inglaterra, 1891):
"Por ordem de Rama, o carro maravilhoso subiu com enorme estrondo para uma montanha de
nuvens..."
Não queremos passar por cima do fato de que, novamente, um cronista não só alude a um objeto
voador, mas também menciona um possante estrondo.

Outro trecho do Mahabharata:

"Bhima voou com sua vimana num raio imenso, que tinha o clarão do sol e cujo ruído era como o
trovejar de um temporal" (C. Roy, 1889).
A própria imaginação necessita de pontos de partida. Como o cronista pode dar descrições que, de
qualquer maneira, pressupõem uma concepção de foguetes e também o conhecimento de que tal
veículo seria capaz de cavalgar sobre um raio e causar um trovão assustador?
No Samsaptakabadha são feitas distinções entre carros que voam e outros que não são capazes de
fazê-lo. O primeiro livro do Mahabharata revela a estória íntima da solteira Kunti, que não só
recebeu a visita do deus sol, mas em seguida também um filho, que teria sido radiante como o
próprio sol. Como Kunti - já então! - temia a vergonha, deitou a criança numa cestinha,
abandonando a num rio. Adhirata, um homem honesto da casta dos Suta, pescou da água a
cestinha com a criança, que passou a criar. Realmente, uma estória pouco digna de ser mencionada aqui, se não tivesse uma semelhança evidente com a história de Moisés!
E sempre de novo surge, persistentemente, a referência a fecundação do ser humano pelos
"deuses". À semelhança de Gilgamés, Arjuna, o herói do Mahabharata, empreende longa viagem,
para procurar os deuses e deles conseguir armas. E quando Arjuna, após enfrentar muitos perigos,
acha os deuses, encontra até Indra, o senhor dos céus, em pessoa, ao lado de sua esposa Sachi.
Ambos não encontram o valente Arjuna em lugares ou circunstâncias indefiníveis. Não, encontram-
no em um carro de combate celestial e até o convidam a viajar junto com eles para o céu.
No Mahabharata acham se indicações numéricas tão precisas, que se fica com a impressão de o
autor ter tido preciso conhecimento do que escreveu. Descreve, cheio de horror, uma arma que
podia matar todos os guerreiros que usassem metal no corpo: quando os guerreiros eram
informados a tempo da presença dessa arma, arrancavam de si todas as peças de metal que
levavam, mergulhavam num rio e lavavam cuidadosamente seus corpos e tudo aquilo com que
tivessem contacto. Não sem motivo, como explica o autor, porque a arma causava o efeito de fazer
cair os cabelos e as unhas das mãos e dos pés. Tudo que era vivo, lamenta ele, tornava se pálido e
fraco.

No 8º livro encontramos de novo Indra em seu radiante carro celestial: dentre todos os homens
escolheu ele a Yudhisthira, o único que, em seu invólucro mortal, é capaz de entrar no céu.
Também aqui não se pode deixar de notar o paralelo com os relatos sobre Enoque e Elias.
No mesmo livro se diz (talvez o primeiro relato sobre o lançamento de uma bomba de hidrogênio),
que Gurkha, de bordo de uma possante vimana, arremessou um único projetil sobre a cidade
tríplice. O relato usa vocábulos, como os temos na memória de relatórios de testemunhas oculares
da explosão da primeira bomba de hidrogênio no atol de Bikini; fumaça branca incandescente, dez
mil vezes mais clara do que o Sol, ter se ia levantado com brilho imenso e reduzido a cidade a
cinzas. Quando Gurkha pousou de novo, seu veículo parecia um bloco radiante de antimônio. E,
para os filósofos, seja registrado que foi Mahabharata que disse ser o tempo a semente do
Universo...

Também os livros tibetanos Tantjua e Kantjua mencionam máquinas voadoras pré-históricas, que
chamam de "pérolas no céu". Ambos os livros acentuam expressamente que esse saber era secreto e
não destinado ao público. No Samarangana Sutradhara há capítulos inteiros em que são descritas
naves aéreas, de cujas extremidades emanavam, faiscando, fogo e mercúrio.
A palavra "fogo", em escritos antigos, não deve ter necessariamente o sentido de fogo aceso, pois,
em total, podemos contar cerca de quarenta espécies diferentes de "fogo", que se relacionam, em
sua maior parte, a fenômenos esotéricos e magnéticos. Para nós, é difícil acreditar que os povos
antigos soubessem que é possível obter se energia de metais pesados, e como se procede para
consegui-lo. Por outro lado, não devemos tornar a história tão simples a ponto de rejeitar os velhos
textos em sânscrito como se fossem mitos! A multiplicidade dos pontos aqui citados, extraídos de
escritos antigos, faz com que a suspeita quase se torne certeza de que na Antigüidade houve
encontros com "deuses" voadores. Com o velho método, infelizmente inveterado: "...isso não
existe... isso são erros de tradução... isso são exageros da imaginação dos autores ou copistas", já
não podemos avançar. Mediante um novo esquema de pensamento, isto é, aquele desenvolvido pelos
conhecimentos técnicos da nossa era, é preciso que abramos clareiras no matagal que esconde o
nosso passado. Como o fenômeno das naves espaciais nos obscuros tempos pré-históricos é
explicável, também fica em aberto, para uma interpretação plausível, o fenômeno das tão
freqüentemente descritas armas pavorosas, das quais os deuses se utilizaram ao menos uma vez.
Textos do Mahabharata obrigam nos à meditação: "Era como se tivessem sido soltos os elementos. O sol girava em círculo. Queimado pela incandescência da arma, o mundo cambaleava de febre. Elefantes, atormentados pelo calor, corriam, loucos, para cá e para lá, procurando proteção contra o terrível ataque. A água fervia, os animais morriam. O inimigo era ceifado, e a fúria do fogo fazia com que as árvores, como nos
incêndios de florestas, caíssem em fileiras. Os elefantes rugiam pavorosamente e caíam mortos ao
solo, por toda uma vasta área. Os cavalos e os carros de combate se queimavam e tudo parecia
como depois de um incêndio. Milhares de carros foram destruídos. Depois, um silêncio profundo
desceu sobre o mar. Os ventos começaram a soprar, e a terra clareou. Ofereceu se à vista quadro
horripilante. Os cadáveres dos tombados haviam sido mutilados pelo horroroso calor, não mais
parecendo gente. Nunca dantes havíamos visto arma tão pavorosa e nunca dantes havíamos ouvido
falar de tal arma." (C. Roy, Drona Parva, 1889.)
Aqueles que escaparam - continua o relato - banhavam, a si, suas armaduras e suas armas, porque
tudo estava coberto pelo sopro mortal dos "deuses". Como se dizia no poema épico de Gilgamés?
"Será que o alento venenoso do animal celestial por acaso te haja atingido?"
Alberto Tulli, ex-diretor da Divisão Egípcia do Museu do Vaticano, encontrou um fragmento da
época de Tutmósis III, que viveu cerca de 1.500 anos antes de Cristo. Ali se comunica que os
escribas enxergaram, vinda do céu, uma bola de fogo, cujo alento era de mau cheiro; Tutmósis e
seus soldados observaram esse espetáculo, até que a bola de fogo, afastando se em direção ao sul, se
perdesse de vista.
Todos os textos citados são originários de milênios antes da nossa era. Os autores viviam em
diferentes continentes e em culturas e religiões diversas. Mensageiros ainda não existiam, viagens
intercontinentais ainda não constavam da ordem do dia. A despeito disso, chegam noticias de
tradições de todos os quatro cantos do Universo e de fontes inumeráveis, contando todas elas mais
ou menos a mesma coisa. Havia nos cérebros dos autores a mesma imaginação? Foram todos eles
perseguidos, quase que maniacamente, pelos mesmos fenômenos? É impossível e inimaginável que
os cronistas do Mahabharata, da Bíblia, do Poema de Gilgamés, dos escritos dos esquimós, dos
índios, dos povos nórdicos, dos tibetanos e muitas e muitas outras fontes, relatem, por acaso e sem
qualquer fundamento, todos eles, as mesmas estórias de "deuses" voadores, de estranhos veículos
celestes e horríveis catástrofes ligadas a esses fenômenos. Não é possível que todos tenham tido as
mesmas idéias, ao redor do mundo, como fruto de pura imaginação. Os relatos quase uniformes só
podem ser oriundos de fatos, portanto, de ocorrências pré-históricas. Pouca coisa deve ter se
alterado, mas ainda que o repórter da remota pré história tenha inflacionado suas nari ativas,
mesmo assim, fica, no âmago de todas as reportagens exclusivas - como hoje - o fato real, o
acontecimento descrito com precisão. E este não parece que possa ter sido inventado em tantas
localidades e diversas épocas.

Construamos um exemplo:

Na selva africana desce, pela primeira vez, um helicóptero. Nenhum indígena jamais viu tal
máquina. Com enorme estrondo, aterrissa o helicóptero numa clareira. Pilotos em uniformes de
campanha, com capacetes e metralhadoras, saltam dele. O selvagem, em sua tanga, estaca, tonto e
abobado, ante essa coisa que desceu do céu, e ante os "deuses" seus desconhecidos. Depois de algum
tempo, o helicóptero eleva se de novo e desaparece na atmosfera.
Sozinho de novo, o selvagem tem de conformar se com esse aparecimento. A outros que não
estiveram presentes, ele há de contar o que viu: um pássaro, um veículo celestial, que fazia barulho
e exalava mau cheiro - seres que tinham a pele branca - que portavam armas que cuspiam fogo... A
visita maravilhosa é fixada para todos os tempos e legada à posteridade. Quando o pai conta a seu
filho, o pássaro celestial, evidentemente, não se tornará menor, e os seres que saíam de suas
entranhas cada vez se tornam mais estranhos, grandiosos e possantes. Isto e muito mais ainda será
poeticamente acrescentado. Condição básica, porém, para a estória maravilhosa, foi a descida efetiva do helicóptero: o helicóptero desceu na clareira do matagal e os pilotos haviam saído dele.
Dali por diante, o acontecimento continua existindo na mitologia da tribo.
Certas coisas não são passíveis de ser inventadas. Também nós não iríamos vasculhar nossa pré
história para descobrir astronautas e aviões celestes, se tão somente dois ou três livros antigos
referissem tais fenômenos. Uma vez, porém, que de fato quase todos os textos dos povos primitivos
em toda a volta do globo terrestre contam a mesma coisa, então é preciso que tentemos explicar as
verdades objetivas ali ocultas.
"Filho do homem, habitas em meio a uma geração rebelde, que possui olhos para ver e assim
mesmo nada vê, e tem ouvidos para ouvir e assim mesmo nada ouve"... (Ezequiel XII, 1).
Sabemos que todos os deuses sumerianos correspondiam a determinados astros. Marduk = Marte,
o deus supremo, consta ter tido uma estátua de ouro puro, de oitocentos talentos de peso; isso
corresponderia, se se acreditar em Heródoto, a uma imagem de 24.000 kg de ouro puro. Ninurta =
Sírio era o juiz do Universo, e pronunciava sentenças sobre os homens mortais. Há placas com
inscrições cuneiformes dirigidas a Marte, a Sírio e ás Plêiades. Em hinos e orações dos sumérios
sempre se mencionam, a cada passo, armas divinas que, em estilo e efeito, deveriam ter sido
completamente absurdas para a época. Um canto de louvor a Marte narra que ele fazia chover fogo
e aniquilava seus inimigos com um relâmpago reluzente. De mana se conta como se levanta no céu,
irradiando um terrível clarão que cega e destrói as casas do inimigo. Foram encontrados desenhos e
até a maquete de uma residência, que não era dessemelhante a um abrigo antiatómico pré
fabricado; redondo, tosco e com uma única abertura estranhamente emoldurada. Da mesma época,
cerca de 3.000 anos antes de Cristo, os arqueólogos encontraram uma parelha com carro e
cocheiro; além disso, dois esportistas lutadores, tudo num acabamento impecável e limpo. Os
sumérios, isso é comprovado, eram mestres de um artesanato perfeito. Por que modelaram um
tosco "abrigo antiaéreo", uma vez que outras escavações na Babilônia ou em Uruk trouxeram à luz
do dia obras muito mais finas? Ainda não faz muito tempo que na cidade de Nipur - 150
quilômetros ao sul de Bagdá - foi encontrada uma biblioteca sumeriana inteira, contendo cerca de
60.000 placas com inscrições. Uma delas contém seis colunas gravadas, que constituem a mais
antiga descrição do dilúvio. Cinco cidades pré diluvianas são nomeadas no texto: Eridu, Badtibira,
Larak, Sitpar e Shuruppak. Duas dessas cidades até agora ainda não foram encontradas. Nesta
mais antiga das placas até hoje decifradas, o Noé dos sumerianos chama se Ziusudra; deve ter
morado em Shuruppak e lá também deve ter construído a sua arca. Dispomos, pois, agora, de uma
narração do dilúvio ainda mais antiga do que aquela que possuímos até aqui, no poema épico de
Gilgamés. Ninguém sabe se novos achados não trarão descrições ainda mais remotas.
Os homens das culturas antigas parecem ter sido como que magicamente dominados pela idéia da
imortalidade ou da reencarnação. Servos e escravos, obviamente por sua própria e espontânea
vontade, encerravam se no túmulo, junto com seu senhor. No jazigo funerário de Shub-At havia
nada menos de setenta esqueletos, lado a lado, em ordem perfeita. Sem o menor sinal de violência,
sentados ou deitados, em suas vestes ricamente coloridas, esperavam a morte que - talvez
ocasionada por veneno - devia ter sobrevindo rapidamente e sem dor. Inabalavelmente convictos,
devem eles ter esperado uma vida nova com seu senhor, no além. Quem teria posto na cabeça
desses povos pagãos a idéia de renascimento para uma vida nova?
Não menos confusos nos deixa o mundo dos deuses dos egípcios. Também os textos arcaicos dos
povos do Nilo têm conhecimento de seres poderosos que em barcos passam pelo firmamento. Um
texto cuneiforme dirigido ao deus sol, Ra, reza:
"Tu te misturas às estrelas e à luz, tu arrastas o navio de Áton no céu e na Terra, como as estrelas
incansavelmente circulantes, e as estrelas que no pólo norte não entram no ocaso."

Aqui uma inscrição numa pirâmide:

"Tu és aquele que está à proa do navio do sol desde milhões de anos."

 Se bem que os antigos matemáticos egípcios fossem muito avançados, de qualquer maneira ainda se
nos afigura estranho que, em conexão com as estrelas e uma nave celestial, tenham falado em
milhões de anos. O que diz o Mahabharata? "O tempo é a semente do universo."
Em Mênfis, o primitivo deus Ptah entregou ao rei dois modelos para a comemoração de
aniversários de seu reinado, com a exigência de os festejar seis vezes cem mil anos. Será preciso
mencionar ainda que o deus Ptah, na ocasião de dar os modelos ao rei, tenha aparecido em
resplandecente carro celestial, para depois nele desaparecer novamente no horizonte? Em Edfu
encontram se ainda hoje, sobre portas e templos, representações do sol alado ou de um falcão em
vôo, que ostentam os símbolos da eternidade e da vida eterna. Em nenhum local da Terra,
conhecido até hoje, conservaram se tantas representações de símbolos de deuses com asas, como no
Egito.
Todo turista conhece a Ilha Elefantina, com o famoso Nilômetro, em Assuá. Já nos escritos mais
antigos, a ilha se chama Elefantina, porque tinha o aspecto de um elefante. Isto é certo: a ilha
parece um elefante. Mas de onde sabiam disso os antigos egípcios, uma vez que essa forma só pode
ser reconhecida de bordo de um avião voando a grandes alturas? Pois ali não há colina alguma que
ofereça a possibilidade e abranger com um só olhar a ilha inteira!
Uma inscrição, também descoberta não há muito tempo atrás, num edifício em Edfu, anuncia que
essa construção era de origem supraterrena: a planta teria sido desenhada pelo ser endeusado Im-
Hotep. Esse Im-Hotep é uma personalidade muito misteriosa e inteligente - o Einstein de seu tempo.
Era sacerdote, escritor, médico, arquiteto e sábio em uma só pessoa. Naquela recuada época, isto é,
ao tempo de Im-Hotep, os arqueólogos admitem que os homens, para lavrar a pedra, possuíam
como ferramentas apenas cunhas de madeira e cobre. Nem uma nem outra coisa é apropriada para
serrar blocos de granito. O inteligente Im-Hotep, porém, constrói para seu rei Zoser a pirâmide em
degraus de Sakkara! Esta obra arquitetônica, de 60 metros de altura, é de uma perfeição tal que,
mais tarde, só imperfeitamente pôde ser imitada. A esta obra arquitetônica, cercada por um muro
de 10 metros de altura e 1.600 metros de comprimento, Im-Hotep deu o nome de "Casa da
Eternidade", mandou que ele mesmo nela fosse sepultado, a fim de que os deuses, por ocasião de
seu regresso, pudessem acordá-lo.
Sabemos que todas as pirâmides são orientadas segundo as posições de determinadas estrelas. Não
é um tanto embaraçoso verificar esse fato, quando pouco sabemos a respeito da existência de uma
astronomia avançada no antigo Egito? Sírio foi uma das estrelas com que mais se preocupassem.
Mas esse interesse justa. mente por Sírio nos parece peculiar, pois, vista desde Menfis, essa estrela
só pode ser observada no inicio da enchente do Nilo, um pouquinho acima do horizonte, no lusco-
fusco da madrugada. Para encher a medida da confusão, encontrou se no Egito um calendário
exato - 4.221 anos antes da nossa era! Esse calendário orientava se pelo nascer de Sírio (Dia 1.0 de
Tout = 19 de julho) e dava ciclos anuais de mais de 32.000 anos.
Admitamos que os velhos astrônomos tinham tempo de sobra para observar o Sol, a Lua e as
constelações durante anos e anos, até descobrir que, após cerca de 365 dias, todas as estrelas
ocupam de novo o mesmo lugar. Mas não é, então, completamente destituído de sentido deduzir o
primeiro calendário justamente de Sírio, uma vez que isso teria sido muito mais fácil com o Sol e a
Lua e também levaria a resultados exatos? Provavelmente, o calendário de Sírio era uma estrutura
fictícia, um cálculo de probabilidades, sem a possibilidade de predizer exatamente o aparecimento
da estrela: se a enchente do Nilo coincidia com o surgir de Sírio no horizonte, tratava se de mero
acaso. Nem todo ano havia uma enchente no Nilo; nem toda enchente do rio tinha início no mesmo
dia do ano. Por que, pois, um calendário de Sírio? Haverá também aqui uma velha tradição?
Haveria um texto ou uma promessa, cuidadosamente guardada pelos sacerdotes? É provavelmente do rei Udimus o túmulo em que foi encontrado um colar de ouro e o esqueleto de
um animal completamente desconhecido. De onde se origina o animal? - Como se pode explicar que
os egípcios, já no inicio da primeira dinastia, possuiam um sistema decimal? - Como se formou em
tempo tão remoto uma civilização tão bem evoluída? - De onde provêm, já no inicio da cultura
egípcia, objetos de bronze e cobre? - Quem lhes deu conhecimentos incríveis de matemática e de
uma escrita plenamente desenvolvida?
Antes de nos preocuparmos com algumas construções monumentais, que suscitam inúmeros
problemas, lancemos mais uma vez um rápido olhar sobre escritos antigos:
De onde tomaram os narradores dos contos de fadas das Mil e Uma Noites sua surpreendente
riqueza de inspirações? Como se chegou à descrição de uma lâmpada, de dentro da qual falava um
feiticeiro quando seu dono o desejava?

Qual a imaginação audaciosa que inventou o "Abre-te Sésamo!"? E onde se escondia Ali Babá com
seus ladrões?

Hoje, evidentemente, tais idéias não nos surpreendem mais, desde que o televisor, mediante a
pressão de um botão, nos fornece quadros falantes. E desde que, em grandes edifícios modernos, as
portas se abrem ao comando de fotocélulas, também o "Abre-te, Sésamo!" não envolve mais
grandes segredos. O poder de imaginação dos antigos narradores, aliás, deve ter sido tão
inconcebível, que os nossos atuais autores de ficção científica, em confronto com eles, produzem
trabalhos bem desajeitados. A não ser que os velhos narradores tivessem tido, para ignição inicial
de sua fantasia, coisas maravilhosas já em parte conhecidas, vistas, vividas!
No lendário mundo das culturas que por enquanto não nos oferecem qualquer ponto fixo de
referência, pisamos solo ainda menos firme, e tudo se torna ainda mais confuso.
As tradições islandesas e as da Noruega antiga naturalmente mencionam "deuses" que se
locomovem no céu. A deusa Frigg tem uma serva de nome Gna. Num cavalo, que se eleva no ar,
acima da Terra e das águas, a deusa manda sua serva para diversos mundos. O cavalo chamava se
"Arremessador de Cascos", e uma vez, diz a lenda, Gna encontrou bem no alto dos ares alguns
seres ("Wanem") estranhos. Na Canção de Alwis, são dados nomes variados á Terra, ao Sol, à Lua
e ao Universo, e isso de tal sorte que o nome difere, conforme o ponto de vista do homem, dos
"deuses", dos gigantes e dos anões. Como, ó céus, pôde se chegar, na mais obscura das pré-
histórias, a conceitos diversos de uma e mesma coisa, uma vez que o horizonte era muito restrito?
Se bem que o sábio Sturluson não tenha podido recuar os Vedas, as lendas e os cantos nórdicos
para além do ano 1200 depois de Cristo, eles têm de fato alguns milhares de anos de idade. Muitas
vezes, nesses escritos, o símbolo do mundo é descrito como disco ou globo - bastante singular - e
Thor, o deus supremo dos deuses, sempre aparece com um martelo, o destruidor. O ProL Kúhn
defende a opinião de que a palavra martelo (hammer) significa "pedra", originando se da idade da
pedra: só mais tarde foi aplicada ao instrumento de bronze ou de ferro. Assim, Thor e seu símbolo
do martelo devem ser muito antigos e provavelmente remontar até à idade da pedra. Aliás, a
palavra Thor nos Vedas indianos (sânscrito), chama se "Tanayitnu". Poder se ia traduzi la,
conforme seu sentido, por exemplo, por "o trovejante". O nórdico Thor, deus dos deuses, é o
senhor dos "Wanen" germânicos, que tornam inseguro o espaço sideral.
Numa discussão sobre os aspectos completamente inéditos que estamos introduzindo na pesquisa do
passado, pode surgir a objeção de que não seria possível reunir toda e qualquer coisa que na
tradição indicasse fenômenos celestes, numa seqüência de provas a favor de uma astronáutica pré-
histórica! Nem é isso que estamos fazendo. Estamos apenas indicando passagens em remotíssimos
escritos que, nos moldes do pensamento em vigor até o presente, não encontram lugar.
Verrumamos com nossas perguntas naqueles pontos, evidentemente desagradáveis, onde nem escribas, nem tradutores, nem copistas, poderiam ter tido qualquer idéia das ciências e dos
produtos que dela resultam. Estaríamos prontos, imediatamente, a tomar as traduções como falsas,
e as cópias como pouco exatas - se, ao mesmo tempo, essa herança falsa e imaginosamente enfeitada
não fosse plenamente acolhida assim que se encaixasse no arcabouço de qualquer religião. É
indigno de um pesquisador negar o que perturba sua forma de pensar e aceitar tudo quanto apoia
suas próprias teses. Com que forma e vigor se apresentaria minha hipótese se aparecessem novas
traduções feitas com "olhos espaciais"!
Como para nos auxiliar na paciente consolidação de nossas teses, foram encontrados recentemente,
junto ao Mar Morto, vários rolos de escritos contendo fragmentos de textos apocalípticos e
litúrgicos. Outra vez, nos apócrifos de Abraão e também de Moisés, fala se em um carro celeste com
rodas cuspindo fogo, ao passo que indicações semelhantes faltam nas versões etíope e eslava do
Livro de Enoque.
"Atrás dos seres vi um carro que tinha rodas de fogo e cada roda estava cheia de olhos em toda a
volta e em cima das rodas havia um trono e este estava coberto por fogo, que fluia em sua volta."
(Apócrifos de Abraáo, XVIII, 11-12.)
Conforme a interpretação do Prof. Scholem, o simbolismo do trono e do carro da mística judaica
correspondia aproximadamente à dos místicos helenistas e primeiros cristãos, quando falam em
pleroma (= plenitude de luz). É uma interpretação respeitável, mas pode ela ser aceita como
cientificamente comprovada? Pedimos licença para apenas perguntar como seria o caso se
realmente algumas pessoas tivessem visto os carros de fogo, sempre repetidamente descritos?
Nos rolos Qumram freqüentemente foi usado um código; entre os documentos da quarta caverna
até se alternavam diversas modalidades de escrita num só trabalho astrológico. Uma observação
astronômica tem o titulo: "Palavras daquele que é sensato, dirigidas a todos os filhos da aurora".
Mas, qual é a objeção esmagadora e convincente que se pode levantar contra a idéia de que nos
textos antigos tenham sido descritos carros de fogo verdadeiros? Não será a afirmação, tão barata
quanto vaga, de que na Antigüidade não podiam ter existido carros de fogo? Tal resposta seria
indigna daqueles a quem, mediante nossas perguntas, desejamos obrigar a novas alternativas.
Afinal, ainda não faz muito tempo que, por parte de entendidos na matéria, se afirmasse que
pedras (= meteoros) não poderiam cair do céu, porque no céu não havia pedras... Ainda no século
XIX houve matemáticos que chegaram a calcular - a seu tempo convincentemente - que um trem de
ferro nunca poderia viajar a uma velocidade maior do que 34 quilômetros por hora, porque, do
contrário, a pressão lhe retiraria o ar e com isso os passageiros morreriam asfixiados... Há menos
de cem anos foi "provado" que um objeto mais pesado que o ar nunca poderia voar...
Em crítica publicada por um jornal de renome, o livro de Walter Sullivan "Sinais do Espaço", é
classificado como pertencente á literatura de ficção científica, afirmando o articulista que, mesmo
no mais distante futuro, continuará sendo impossível alcançar, por exemplo, Epsilon-Eridani ou
Tau-Céti, como também conseguir deslocação no tempo ou a superação da barreira de distâncias
inimagináveis, nem mesmo com a hibernação por congelamento profundo dos astronautas.
Foi bom que, no passado, sempre houvesse fantasistas suficientemente audaciosos e surdos a
criticas semelhantes, que então lhes faziam! Sem eles, hoje não existiriam redes ferroviárias de
longo alcance, cujos trens se locomovem a 200 km e mais por hora (Anote: acima de 34 km de
velocidade horária, os viajantes morrem!)... Não fossem eles, não haveria hoje aviões a jato, porque
esses, de qualquer maneira, despencariam do alto (Anote: coisas mais pesadas do que o ar não
podem voar!)... E, finalmente, não haveria foguetes lunares (Anote: porque o homem não pode
abandonar o seu planeta!). Oh, uma imensidade de coisas não existiria sem aqueles corajosos
visionários... Certo número de sábios gostaria de se ater às assim chamadas "realidades". Mas esquecem, com
demasiada facilidade, que aquilo que hoje é realidade ontem era apenas o sonho utópico de um
fantasista. Uma boa parte dos inventos incluídos na realidade atual se deve a acasos fortuitos, não a
uma seqüência de pesquisas sistemáticas. E alguns constam do "diário" de "fantasistas sérios" que,
com suas especulações audaciosas, venceram preconceitos inibidores. Heinridh Schliemann
considerou os livros de Homero acima do nível de meros contos de fadas, ou fábulas, e o resultado
dessa simples, mas feliz, idéia foi a descoberta de Tróia.
Ainda sabemos muito pouco sobre nosso passado, pelo que são prematuros quaisquer julgamentos
definitivos! Novos achados podem decifrar antigos enigmas, a leitura de relatos arcaicos pode virar
de pernas para o ar mundos inteiros de "realidades". E sabemos que, infelizmente, muito mais
livros antigos foram destruídos do que conservados. Na América do Sul consta haver existido um
grande livro que continha toda a ciência da Antigüidade; dizem haver sido destruído pelo 63º
soberano dos incas, Pachacuti IV. Na biblioteca de Alexandria, 500.000 volumes pertencentes ao
sábio Ptolomeu Sóter encerravam todas as tradições da humanidade; essa biblioteca foi destruída,
em parte, pelos romanos, e o resto, o califa Ornar mandou incinerar, séculos mais tarde. É terrível
saber se que esses manuscritos preciosos, insubstituíveis, tenham servido de combustível para
aquecer água nos banhos públicos de Alexandria!
Que fim levou a biblioteca do templo em Jerusalém? Que foi feito da biblioteca de Pérgamo, que
deve ter reunido 200.000 obras? Quantos tesouros e segredos foram perdidos em conseqüência da
destruição em massa dos livros históricos, astronômicos e filosóficos, ordenada pelo imperador
chinês Chi-Huang, no ano 214 antes da nossa era, por motivos políticos? Quantos textos o
convertido Paulo mandou destruir em Éfeso? E nem se pode pensar na imensa riqueza, em escritos
sobre todos os campos da ciência, que se perdeu por causa do fanatismo religioso! Quantos
milhares de escritos irrecuperáveis, monges e missionários, em seu sagrado zelo cego, mandaram
queimar nas Américas do Sul e Central?
Tal sanha destruidora data de centenas ou milhares de anos. Aprendeu a humanidade algo com
isso? Há poucos decênios, Hitler mandou incinerar livros em praças públicas, e até no ano de 1966,
o mesmo ocorreu na China durante a infantil revolução de Mao. Graças a Deus, hoje em dia, os
livros não existem, como nos tempos de antanho, em um só exemplar.
Os textos e fragmentos ainda existentes transmitem nos alguns conhecimentos da obscura pré
história. Em todas as épocas, os sábios de cada povo previam que cada período futuro traria
guerras e revoluções, sangue e fogo. Quem sabe se esses sábios, diante de tal previsão, terão
ocultado em lugar seguro, nos colossais monumentos arquitetônicos de sua época, segredos e
tradições, que desejavam proteger da ralé ou preservar de uma possível destruição? "Esconderam"
eles comunicados ou informes em pirâmides, templos e estátuas? Ou deixaram nos codificados, a
fim de que se conservassem incólumes, através das tempestades dos tempos? É uma idéia que
deverá ser bem examinada, pois contemporâneos de ampla visão, dos nossos dias, assim
procederam, com vistas ao futuro longínquo.
No ano de 1965, os americanos enterraram no subsolo de Nova York duas "cápsulas de tempo",
construídas de molde a poderem suportar, até o ano de 6965, tudo que - mesmo com imaginação
audaciosa - esta Terra possa oferecer em contratempos e reveses. Essas cápsulas de tempo contêm
noticias que desejamos transmitir à posteridade, a fim de que, algum dia, aqueles que se esforçarem
por esclarecer as trevas do passado de seus ancestrais possam facilmente saber como estamos
vivendo hoje. As cápsulas são feitas de um metal que é mais duro do que o aço; podem até suportar,
sem dano, uma explosão atômica. Além de "noticias do dia", colocaram-se nas cápsulas, também
fotografias de cidades, navios, automóveis, aviões e foguetes. Conservam elas em seu interior
amostras de metais e materiais plásticos, de fibras e tecidos; legam à posteridade objetos de uso
diário, tais como moedas, ferramentas e artigos de toalete; livros sobre Matemática, Medicina,
Física, Biologia e Astronáutica encontram se gravados em microfilmes. A fim de completar esta contribuição para um desconhecido futuro remoto, encontra se nas cápsulas uma "chave", isto é,
um livro que é uma espécie de código-mestre, por meio do qual as coisas escritas e desenhadas nas
demais obras poderão ser compreendidas e interpretadas nos idiomas futuros.
Um grupo de engenheiros da Westinghouse-Eletric teve a idéia de ofertar á posteridade essas
cápsulas de tempo. John Harrington inventou o engenhoso sistema decifrador para gerações ainda
desconhecidas. Pobres desvairados? Visionários? A nós, a concretização dessa idéia parece
auspiciosa e tranqüilizante: pois existem, hoje, homens que pensam 5.000 anos para a frente! Os
arqueólogos de um futuro remoto não terão menos dificuldades do que nós: depois de uma
conflagração atômica, deixarão de existir todas as bibliotecas do mundo; todas as conquistas, que
tanto nos orgulham, já não valerão um centavo, porque desaparecerão, porque estarão destruídas,
porque estarão atomizadas. Nem será preciso, para justificar o feito e a imaginação dos homens de
Nova York, que algum conflito atômico arrase a Terra: o eventual deslocamento do eixo terrestre
por poucos graus acarretaria inundações de uma proporção inédita e incontida que, de qualquer
maneira, engoliriam toda a palavra escrita. Quem é suficientemente arrogante para afirmar que
uma idéia como a tiveram os homens de Nova York, com sua ampla visão, não possa ter ocorrido
também aos sábios antigos?
Indubitavelmente, os estrategistas de uma guerra de bombas A e H não dirigirão seus mísseis sobre
cafres, zulus e inocentes esquimós. Despejá-los-ão contra os principais centros civilizados. Portanto,
sobrevirá o caos radioativo sobre os povos progressistas, os mais evoluídos. Restarão povos
subdesenvolvidos, selvagens, primitivos - a grandes distâncias dos centros da civilização. Eles, por
não haverem dela participado, não poderão transmitir nossa cultura nem ao menos informar
alguma coisa sobre ela. Mesmo inteligentes ou sonhadores, que se esforçassem por salvar uma
biblioteca subterrânea, com isso nada poderiam fazer pelo futuro. As bibliotecas "normais'' de
qualquer maneira estarão destruídas, e os atrasados, que sobreviverem, nada saberão das ocultas
bibliotecas secretas. Partes inteiras do globo terrestre transformar-se-ão em desertos
incandescentes, pois a radioatividade, durante centenas de anos, nelas não permitirá a vida de
nenhum vegetal. Os sobre viventes provavelmente sofrerão mutações, e das cidades aniquiladas
nada mais terá sobrado daqui a 2.000 anos. A natureza, com sua força indomável, devorará as
ruínas: ferro e aço se oxidarão e se reduzirão a pó.
E tudo começaria de novo! O homem pode tentar sua aventura pela segunda e terceira vez.
Possivelmente, de novo chegará ele tarde demais para descobrir o segredo de velhas escrituras e
tradições. Passados 5.000 anos após a catástrofe, os arqueólogos poderão afirmar que o homem do
século XX ainda não conhecia o ferro, porque, logicamente, mesmo escavando com a maior das
diligências, não poderão achar nenhum. Ao longo da fronteira russa encontrar se iam muitos
quilômetros de barreiras blindadas de concreto, e declarar se ia que esses achados indicariam
indubitavelmente linhas astronômicas. Se se encontrarem estojos com fitas sonoras magnéticas,
nada se saberia fazer com elas, pois não se pode distinguir entre fitas gravadas e não gravadas. E
talvez essas fitas conteriam a solução para muitos e muitos enigmas! Textos que falam em cidades
enormes, onde teria havido casas de vários metros de altura, declarar-se-ão como indignos de
crédito, porque tais cidades não poderiam ter existido. As galerias do metrô de Londres tomar se
iam por uma curiosidade geométrica, ou, então, por um sistema de canalização, evidentemente
muito bem pensado. E depois surgirão, possivelmente, cada vez de novo, relatos em que se descreve
como homens voavam com grandes pássaros, de continente a continente, e também de singulares
navios cuspindo fogo, que desapareciam no céu. E isso, então, de novo será relegado à mitologia,
porque não podia ter havido pássaros tão grandes, nem monstros celestes cuspindo fogo.
Tonar se á bastante difícil a tarefa dos tradutores no ano 7.000. O que decifrarem nesse tempo,
sobre uma guerra mundial no século XX, parecerá inteiramente inacreditável. Se, porém, lhes
caírem nas mãos discursos de Marx ou Lenine, então, sim - que sorte! - poder-se-á, finalmente,
transformar dois sumos-sacerdotes desse período incompreensível em núcleos de uma religião. Muita coisa poder se á interpretar, caso sobrem suficientes pistas. Mas é muito longo um período de
5.000 anos. É por simples capricho que a natureza admite a sobrevivência de blocos trabalhados de
pedra por mais de 5.000 anos. Com os mais grossos trilhos das ferrovias, ela não é tão cuidadosa.
No átrio de um templo em Délhi encontra se, como já foi referido, um pilar construído de peças
soldadas de ferro, que há mais de 4.000 anos está exposto ás intempéries, sem que mostre o menor
vestígio de ferrugem: pois está livre de enxofre e fósforo. Temos aí uma liga de ferro desconhecida,
proveniente da Antigüidade. Quem sabe se aquele pilar foi erigido por um grupo de engenheiros de
ampla visão, que não possuíam recursos para uma construção colossal, mas que, assim mesmo,
desejavam legar á posteridade um monumento de sua cultura, visível e á prova dos tempos?
É uma história embaraçante: Em elevadíssimas culturas do passado encontramos construções que
hoje, com os mais modernos recursos técnicos, não somos capazes de imitar. Esses colossos de pedra
estio aí, não se pode negar sua existência através da discussão. Como o que não deveria existir não
pode existir, procuram se febrilmente explicações "racionais". Deixemos de lado os antolhos e
participemos da busca...

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